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Leilão

Ágio médio do leilão do 5G foi de 218% em relação ao preço mínimo

Conforme a Anatel, o ágio médio do leilão em relação ao preço mínimo foi de 218% e de 12% em relação ao valor econômico de todas as frequências vendidas, no valor total de R$ 47,2 bilhões.

 

A Anatel divulgou, durante a coletiva de imprensa realizada hoje, 5,  o ágio médio do leilão do 5G das frequências de 700, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz em relação ao preço mínimo: ele foi de 218%. Mas o presidente da Comissão de Licitação, Abrãao Balbino, disse que o mais importante é analisar o ágio em relação ao valor econômico dos lotes arrematados. Assim, dos R$ 47,2 bilhões* de valor econômico do leilão, R$ 5 bilhões foram referentes ao ágio, afirma Balbino, com ágio médio de 12%. A Anatel previa R$ 50 bilhões pelo valor econômico de todo o leilão.

R$ 7, 44 bilhões foi a soma toda do dinheiro ofertado nos dois dias de  leilão, incluindo o ágio. Além do dinheiro ofertado, grande parte será investida ao longo dos anos para o atendimento das metas de cobertura das localidades com a tecnologia 4G, para a cobertura das estradas federais (serão 31 mil quilômetros já contratados e outra quantidade de quilômetros de estradas que deverão se assumidas devido ao ágio de 805% oferecidos pela Winity, controlada pelo fundo Pátria) e para o atendimento das obrigações do 5G, que são, além de levar as erbs nas capitais e grandes cidades brasileiras, para as grandes operadoras, e para cidades com menos de 30 mil habitantes para as pequenas operadoras. Além disso, as grandes operadoras terão que destinar bilhões de reais para a construção da rede privativa do governo, para a construção das redes subfluviais na região amazônica e limpeza do espectro, com pagamento para a migração das emissoras de TV.

Sem escassez de espectro

Para a Anatel, o sucesso do leilão demonstrou o acerto de oferta de grande quantidade de frequências, sem provocar escassez desnecessária de espectro. E o fato de de as as grandes operadoras – Claro, TIM e Vivo terem conseguido adquirir 100 MHz de espectro poderá acelerar a implementação do serviço no país. ” Contar com empresas com a possibilidade de ter 100 MHz de frequência, como aconteceu, era o que perseguíamos, pois isto irá permitir que o 5G seja implantado no país de forma mais acelerada”, afirmou o Emmanoel Campelo, o conselheiro da Anatel.

Conforme a apresentação feita hoje durante a coletiva pela Anatel,  na faixa de 3,5 GHz, a coração do leilão, as operadoras  regionais pagaram R$ 1,9 bilhão pelas outorgas e assumiram compromissos de R$ 7,5 bilhões. As operadoras nacionais pagaram R$ 1,35 bilhão pela outorga e assumiram compromissos no valor de R$ 25,5 bilhões.

Na faixa de 700 MHz o valor da outorga foi de R$ 1,4 bilhão e compromissos de R$ 2,8 bilhões.

Na faixa de 2,3 GHz, o valor da outorga nacional foi de R$ 1,5 bilhão e os compromissos assumidos, de R$ 5,9 bilhões  e das licenças regionais, o valor das outorgas foi de R$ 891 milhões e compromissos assumidos de R$ 3,4 bilhões.

Com a faixa de 26 GHz nacional foi arrecadado R$ 291 milhões de outorgas e sem compromissos.  As licenças regionais somaram R$ 61 milhões, também sem compromissos adicionais.

Veja aqui o resumo do resultado do leilão, conforme a Anatel.

*O valor econômico total do leilão foi atualizado pela Anatel após a publicação deste texto

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