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CEO da Oi quer leilão da 5G com “racionalidade econômica”

Para Rodrigo Abreu, o interesse das TVs não pode impedir que a 5G aconteça no Brasil.

 

Rodrigo Abreu, CEO da Oi e também presidente do sindicato das teles, a Conexis Brasil, defendeu hoje, 28, em Live, que o edital de venda de frequências da Anatel seja calcado na racionalidade econômica. Com isso, ele reforçou a nova proposta apresentada à Anatel e ao governo pelas operadoras de telecom, que prevê uma “limpeza mista” na faixa de satélite da banda C que é ocupada hoje pelas TVs abertas via satélite, conhecidas como TVRO.

Conforme a proposta, nos primeiros anos, haveria uma “mitigação” da interferência, ou seja as operadoras que comprarem o espectro de 5G colocariam filtros nas antenas parabólicas que sofressem interferência do celular. Numa segunda etapa, haveria a migração dos canais de TV analógica por satélite para novos canais digitais, alocados em outra frequência de satélite, conhecida como banda Ku. Para Abreu, esse modelo proposto evita a repetição do leilão da 4G, quando as operadoras tiveram que esperar muito tempo para a faixa ser liberada, até que a TV digital fosse implantada em todo o país.

“É importante que, na limpeza do espectro, não se deixe que a TV se sobreponha. É preciso permitir que a 5G aconteça”, afirmou o executivo.

Para Abreu, algumas condições devem ser cumpridas para que a 5G possa alcançar todo o seu potencial no Brasil: deve ser planejada uma ocupação eficiente do espectro; incentivado o investimento; estimulada a correta limpeza do espectro; definidos padrões claros de segurança em ambiente de liberdade; incentivada a demanda; ter razoabilidade econômica e regras claras no estabelecimento das obrigações de cobertura.

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