Carros elétricos podem representar 62% da frota de 2035 no País

Eletrificação é um caminho sem volta. O Brasil tem de ser preparar para a transição, porque vai impactar toda a cadeia, exigir investimentos para a produção e infraestrutura, inclusive de telecom
Créditos: Freepik
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Os carros elétricos e híbridos podem representar a maioria no Brasil em 2035. Estima-se que esses modelos serão 62% dos automóveis 0 km do País. É o que revela Masao Ukon, sênior do Boston Consulting Group Brasil (BCG), nesta segunda-feira, 29, durante evento da Tele.Síntese “IoT e as redes privativas”. A informação consta no estudo “Caminhos de descarbonização para o setor automotivo no Brasil”, publicado pelo BCG, que apresenta cenários e desafios sobre o futuro dos veículos no Brasil, além do importante papel do etanol.

Segundo Ukon, o mercado brasileiro terá 3 milhões de veículos eletrificados em 2035. Os veículos pesados (caminhões e ônibus) serão de 14% a 32% no mesmo ano, na mesma lógica de análise. “Isso faz com que a necessidade a infraestrutura, como carregadores, seja instalada para atender o crescimento da frota que vai acelerar na próxima década.

Os veículos flex ainda devem representar boa parte da frota em 2030 a 2035. Nesse sentido, o etanol ganha destaque. O aumento do uso de etanol é o caminho mais rápido para descarbonização da frota brasileira de veículos leves em razão da sua característica. ”Com isso, mesmo com o crescimento estimado na frota circulante nos próximos anos, apenas levando em conta o consumo de etanol, as emissões cairiam 15%. O impacto é importante”, explicou.

Ukon também avaliou que a mudança climática traz desafios importantes para o setor nos próximos anos. “A eletrificação é um caminho sem volta em vários mercados, como EUA, China e Europa. No Brasil, o contexto é um pouco mais específico. Biocombustíveis têm participação relevante na matriz e podem ter papel importante no país, além de complementar e acelerar a descarbonização dos veículos. O momento é de preparação para a transição que deve impactar em toda a cadeia e vai exigir investimentos para a produção, infraestrutura e para oferecer nos serviços”, revelou.

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Gabriela do Vale

Jornalista com 20 anos de experiência em produção de conteúdo e assessoria de imprensa nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, telecomunicações, meio ambiente e direitos humanos. Atualmente, trabalha no portal Tele Síntese com produção de conteúdo especializado em telecomunicações, tecnologia e inovação.

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