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Competição

Cade aprova sem restrição venda de 25% da Algar para grupo de Cingapura

Para órgão, a operação não suscita preocupações concorrenciais. Anatel ainda terá que aprovar nova estrutura societária do grupo mineiro

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu aval para aprovação, sem restrição, da compra de 25% das ações da Algar pelo fundo de investimento Archy, pertencente ao fundo de Cingapura GIC Special Invesrments. O órgão entende que a operação não suscita preocupações concorrenciais em função das baixas participações de mercado das companhias.

A operação, anunciada no dia 2 de janeiro, ocorrerá por meio de um aumento de capital, cujas novas ações serão subscritas pela Archy, e pela aquisição de ações ordinárias e resultará em alteração na estrutura societária da Algar, que precisará ser aprovada pela Anatel. As duas companhias ofertam serviços de TI no Brasil, sendo que as sobreposições ocorrem especificamente nos serviços de infraestrutura em nuvem e nos serviços gerenciados de TI.

De acordo com comunicado emitido pela Algar, para efetivar a operação, será feito um aumento de capital no valor entre R$ 352 milhões a R$ 379,3 milhões. Serão emitidas novas ações a preço aproximado de R$ 13,40 cada. Nesse aumento de capital a família Algar abre mão do direito de preferência, ficando o fundo Archy com 26, 275 milhões de ações.

Além disso, por mais R$ 648 milhões o fundo irá adquirir outros 48,376 milhões de ações ordinárias da Algar Telecom. O pagamento por esses papeis será feito com uma parcela à vista e o restante no terceiro ano após a assinatura do contrato.

De acordo com o Cade, o fundo GICSI tem investimentos indiretos pequenos e passivos em outras empresas de telecomunicações, mas que atuam em áreas restritas, o que descaracteriza a sobreposição horizontal. Além disso, as duas companhias incluíram uma cláusula de não concorrência nessas cidades no contrato.

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