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Ellalink estenderá cabo submarino que liga Brasil e Europa à Guiana Francesa

Com conexões em Fortaleza e Sines (Portugal), cabo ganhará ramificação de 2.100 quilômetros; ponto adicional de conexão em Belém está em estudo
Ellalink fecha acordo para levar cabo submarino à Guiana Francesa
Após chegar à Guiana Francesa, Ellalink tem planos para conectar outros pontos do Brasil com seu cabo submarino (crédito: Reprodução)

A EllaLink fechou um contrato para conectar a Guiana Francesa ao sistema de cabos submarinos que liga a América do Sul à Europa. A nova ramificação terá 2.100 quilômetros.

Com 8 mil quilômetros de cumprimento, o cabo Ellalink está ancorado em Sines, em Portugal, e em Fortaleza. O novo ramal de fibra óptica subaquática chegará em Caiena, capital da Guiana Francesa.

O cabo será construído pela Alcatel Submarine Networks e vai usar tecnologias ópticas de última geração, como uma unidade de ramificação ROADM WSS, proporcionando uma latência de menos de 80 ms entre o país localizado na América do Sul e o continente europeu. Conexões diretas entre a Guiana Francesa e o Brasil também poderão ser feitas.

O contrato foi firmado com a SPANG, empresa pública para o desenvolvimento digital da Guiana Francesa. Vale lembrar que, apesar de estar localizado na América do Sul, o país é um departamento ultramarino da França. O fato de estar distante geograficamente da Europa dificulta que o território desfrute uma conexão direta e segura com o Velho Continente.

Além disso, a Guiana Francesa é considerada uma zona de importância estratégica para a União Europeia (UE), uma vez que abriga as plataformas de lançamentos dos foguetes espaciais Arianne. O projeto, inclusive, vai contar com financiamento do programa Connecting Europe Facility (CEF).

Como adiantado pelo country manager da EllaLink no Brasil, Rafael Lozano, ao Tele.Síntese, em 2022, o ramal na Guiana Francesa já fazia partes dos planos da empresa. Por meio dessa nova ligação, a Ellalink planeja estimular o desenvolvimento de outras infraestruturas, incluindo conexões para a região amazônica do Brasil. Um dos projetos em estudo prevê a instalação de um ponto de conexão em Belém, o qual seria ligada a Caiena e Fortaleza por via submarina.

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