Busca pela internet 3D deve impulsionar o 6G

Analysys Mason aponta que, até 2030, US$ 4,3 trilhões devem ser investidos no desenvolvimento de ecossistemas e aplicações de internet 3D
6G internet 3D
6G deve viabilizar a internet 3D (crédito: Freepik)

Enquanto o 5G segue em fase de implantação, a corrida pelo desenvolvimento da rede 6G deve movimentar trilhões de dólares ao longo desta década. Isso porque, segundo a consultoria Analysys Mason, a próxima geração de internet deve viabilizar um mundo digital completamente 3D, pondo em prática, de forma adequada, o metaverso e suas aplicações.

Em evento online da consultoria, realizado nesta segunda-feira, 10, Caroline Chappel e Caroline Gabriel, diretoras de pesquisa da Analysys Mason, destacaram que a busca pela internet 3D será a grande impulsionadora da arquitetura 6G. As pesquisadoras estimam que US$ 4,3 trilhões sejam investidos na internet 3D até 2030.

A pesquisadora Carolina Gabriel frisou que “a internet completamente 3D precisará de uma arquitetura que vai muito além do que o 5G é capaz de entregar hoje”. E que os investimentos já estão sendo feitos.

“Independentemente dos valores numéricos, os investidores estão fazendo planos e o dinheiro está fluindo para dar suporte ao desenvolvimento de aplicações desse tipo”, salientou.

Metaverso

Na apresentação, as pesquisadoras ressaltaram que, apesar de o 5G já ser um ponto de partida, a internet 3D precisará de uma arquitetura mais robusta. Entre as aplicações previstas, o metaverso deve ser um dos maiores beneficiados pela próxima geração de redes móveis.

Além do maior tráfego de dados, o ecossistema virtual que tenta replicar a realidade deve ser potencializado pelas políticas de sustentabilidade.

“No mundo físico, de recursos disputados e aumento de custos, há um imperativo para reduzir o desperdício e otimizar a produção de bens físicos”, sublinhou Carolina Chappel. “A chave que move o metaverso é a necessidade de reproduzir objetos do mundo real”, explicou.

Ainda de acordo com a diretora de pesquisa da Analysys Mason, no metaverso, todo bem físico terá uma contraparte virtual, o que deve criar uma espécie de indústria digital.

“No entanto, quanto mais incríveis forem esses mundos [virtuais], mais dados eles exigirão”, afirmou a pesquisadora.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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