Brisanet projeta market share de 18% a 23% em 5G no Nordeste até 2027

Fundador da Brisanet, José Roberto Nogueira, diz que projeto da Brisanet em 5G vai começar já na frequência de 2,3 GHz este ano, com piloto no Nordeste

Durante a apresentação de resultados a analistas financeiros na manhã desta sexta-feira, 25, o CEO da operadora nordestina Brisanet José Roberto Nogueira comentou as expectativas da empresa para os próximos anos e para o 5G.

Segundo ele, a companhia tem altíssimo potencial, vem demonstrando resultados conforme o prometido a investidores antes da abertura de capital, e a estratégia agora é obter retorno de investimentos já realizados, além de crescer no segmento móvel.

A meta da operadora é chegar a 2027 com market share de 18% a 23% em 5G em seis dos estados do Nordeste. Número que será buscado com o cross-selling, oferta do serviço de maneira agressiva aos atuais clientes de banda larga fixa. Até lá, a empresa projeta ainda melhora da margem EBITDA, que ficará entre 35% e 40%, em linha com o que é praticado no mercado móvel.

A companhia tem rede de fibra já em 350 cidades, de sete estados da região. Com a aquisição de espectro no leilão 5G da Anatel, ocorrido em novembro passado, vai expandir para os mercados do Centro-Oeste e Distrito Federal.

Nogueira lembrou que a tele não vai esperar a liberação das frequências de 3,5 GHz para ativar sua rede 5G. A tele já vem comprando equipamentos LTE, como informado no seu balanço financeiro, neste ano de 2022 já terá piloto de 5G no Nordeste na frequência de 2,3 GHz. A empresa detém 50 MHz de espectro nesta faixa. Os demais 80 MHz na faixa de 3,5 GHz que possui no Nordeste e no Centro-Oeste só poderão ser utilizados após autorização do Gaispi, o grupo presidido pela Anatel e que é responsável por coordenar a retirada de canais de TVRO da banda C.

Ele voltou a frisar que, embora tenha feito um alto lance no leilão 5G, o desembolso total para a Brisanet será de apenas R$ 168,3 milhões, parcelados em 20 anos.

Por fim, defendeu a fórmula da empresa para crescimento. Lembrou que desde a fundação construiu ou estabeleceu contratos de swap que abrangem 20 mil km de fibra óptica, implantou 50 mil km de fibra na última milha de 350 cidades, tem 6 milhões de casas passadas, 1,1 milhão de assinantes, 200 mini data centers para redução da latência dos serviços digitais e comprou 130 MHz de espectro.

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Rafael Bucco

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