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Brics vão criar instituto de telecom

Representantes dos países emergentes recomendaram a criação do Instituto Redes do Futuro, com o objetivo de apresentar propostas de iniciativas conjuntas
Encontro empresarial na reunião dos ministros das comunicações do Brics / Foto: Ascom/MCTIC

Os ministros de comunicações dos chamados países emergentes que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se comprometeram com o aumento da banda larga para ajudar a reduzir a exclusão digital, em torno de 40% e com a implantação da 5G para oferecer de telefonia móvel de alta velocidade. 

Essas prioridades foram elencadas na Declaração do Brics divulgada ao final de reunião promovida nesta semana em Brasília. Segundo o documento, os países do bloco também vivem essa situação de exclusão, especialmente dada as grandes populações e extensões territoriais de cada nação integrante. Nesse sentido, a declaração apoia a ampliação do acesso à banda larga como elemento importante para um crescimento inclusivo. Também priorizaram IoT e transformação digital. 

Em uma entrevista após o término da reunião, o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, informou que os representantes recomendaram a criação do Instituto Redes do Futuro, com o objetivo de apresentar propostas de iniciativas conjuntas dos países do BRICS. Segundo o brasileiro, ainda haverá outros encontros para definir de maneira mais detalhada o funcionamento do instituto.

“O trabalho do BRICS 2019 é importante para que possamos discutir temas que podem ajudar o Brasil nos âmbitos de 5G, telecomunicações, cooperações entre países e também sobre o futuro do bloco na geopolítica mundial”, declarou.

Um dos temas mais destacados entre os tratados na reunião, foi a implementação das redes 5G. O vice-ministro da Indústria e Informatização da China, Chen Zhaoxiong, recordou que o sistema 5G não só conecta as pessoas, como também favorece o desenvolvimento da Internet das Coisas.

Segurança

No tema de segurança, o documento reforça o intuito de “fortalecer arcabouços de segurança robustos em economia digital”. A ministra das comunicações da África do Sul, Stella Ndabeni-Abrahams, ressaltou as mudanças profundas deste tipo de tecnologia e a importância da cooperação entre os países para trocar boas práticas e construir apoio mútuo voltado à favorecer a disseminação dessas redes nos países do bloco.

Setor privado

A parte empresarial do evento contou com a participação de cerca de 60 representantes de empresas nacionais e estrangeiras.  Pelo Brasil, participaram empresários ligados das seguintes entidades: Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) e a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

 

 

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