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Brasil precisa de laboratório para fiscalizar segurança dos equipamentos de telecom, defende pesquisador do CPqD

Para Gustavo Correa Lima, do CPqD, o Brasil precisa ter mecanismos para fiscalizar os equipamentos de telecomunicações usados nas redes cujos riscos aumentam com a 5G
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Rio de Janeiro – O Brasil deve acelerar o debate, ainda incipiente, sobre a segurança das redes de telecomunicações sob a perspectiva de fiscalizar a integridade dos equipamentos, a exemplo do que está sendo criado em diferentes países da Europa, defendeu Gustavo Correa Lima, do CPqD.

” A Alemanha já adotou esta medida, para  ter a garantia de um laboratório nacional que faça a avaliação e constante checagem, para garantir que essas redes não estão  sendo utilizadas de maneira imprópria. Hoje o Brasil não tem nenhum instituto ou laboratório fazendo essa avaliação de compliance. Temos que ter essa preocupação, afirmou ele.

Isso porque, explica o pesquisador, com a 5G, as operadoras passarão a atender a mercados de infraestrutura crítica, como distribuição de energia elétrica, carros autônomos. ” E  existe um tipo de ataque, chamado Advanced Persistent Threat (Ameaça Persistente Avançada) que é engendrado por usuários que podem causar ataques constantes , que vão para o mundo da espionagem, de Segurança Nacional”, afirma ele.

Lima assinala que os Estados Unidos estão muito focados nessa questão, e agindo sobre parceiros comerciais para não adotarem soluções tecnológicas de espectro políticos que não é o deles. Os países europeus têm optado pela criação desses laboratórios de compliance. “Quem deve puxar essa discussão, e a quem caberá arcar com esse laboratório deve ser o governo”, conclui Lima, durante o 6th Global 5G Event.

A jornalista participa do 6th Global 5G Event a convite da Telebrasil. 

 

 

 

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