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Brasil deixa de arrecadar R$ 25 bi com leilão da 5G em 2021, diz Ericsson

Diretor da empresa considera “falácia” de que não é possível a convivência das parabólicas com a nova tecnologia e aponta como “irresponsável” o alto custo para a migração à banda Ku

Estudo concluído neste mês pela Ericsson aponta que o Brasil deixará de arrecadar R$ 25 bilhões, se o lançamento do edital do leilão da tecnologia móvel de quinta geração, a 5G, atrasar pelo menos um ano. É a projeção feita sobre o impacto decorrente da demora na implantação da nova tecnologia por adiamento no edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Para o diretor de Relações Governamentais da Ericsson, Tiago Machado, é “uma falácia” o argumento de que não é possível a “convivência” do 5G com as antenas parabólicas. Incisivo, disse que é “irresponsabilidade” a migração das parabólicas para banda KU ao custo estimado entre R$ 3 bilhões a R$ 10 bilhões. “Em 2014, as operadoras já pagaram R$ 2,7 bilhões”, lembrou, referindo-se ao processo de digitalização dos sinais da TV terrestre. 

O estudo faz a estimativa do impacto tributário levando em conta os efeitos econômicos decorrentes do adiamento do leilão para 2021. “Quando se demora a abraçar a solução tecnológica, vende-se menos terminais, o serviço não liga para tecnologia mais avançada, a receita cai e o impacto na cadeia de valor se transforma em impacto na arrecadação”, justificou.

Virada de chave

Apesar de projeções de que o leilão da 5G deve ficar para 2021 por conta das interferências nas parabólicas, o diretor da Ericsson manifestou otimismo de que a licitação da nova tecnologia aconteça no prazo previsto o primeiro semestre do próximo ano.

‘Essa é uma decisão que o governo não pode deixar de tomar. É uma virada de chave, não só para o mercado de telecomunicações, mas também  para toda a economia brasileira. É um fator de melhoria da competitividade”, afirmou

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