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Em Davos, CEO da Telefónica defende desregulamentação para competir

"É hora de definir onde queremos estar nos próximos 10 anos", diz Álvarez-Pallete sobre o posicionamento da Europa frente à economia digital.
Em Davos, José María Álvarez-Pallete, CEO da Telefônica, defende desregulamentação para competir
CEO da Telefônica, José María Álvarez Pallete, participa de painel em Davos | Foto: Divulgação

Em pronunciamento no Fórum Econômico de Davos nesta terça-feira, 16, o presidente e CEO da Telefônica, José María Álvarez Pallete, defendeu a adoção de medidas mais competitivas pela Europa no setor de TICs. “É hora de definir onde queremos estar nos próximos 10 anos”, afirmou. 

A declaração ocorreu durante a participação de Álvarez-Pallete em painel que discutiu o posicionamento da Europa na nova economia global. Na ocasião, o CEO da operadora também destacou a necessidade de modernização da regulação. 

“A única coisa que pedimos é que nos desregulamentem e nos deixem competir […] Estão nos regulando com regras analógicas, do século passado, mas estamos em uma nova economia digital e jogando em condições desiguais”, disse o CEO.

O presidente da Telefônica ressaltou que as empresas europeias de tecnologia e telecomunicações têm “papel crucial para a competitividade e alcance da liderança na economia digital”, mas estão ficando para trás. “Das 50 maiores empresas de TIC do mundo por mercado capitalização, apenas cinco são europeias”, acrescentou.

Ainda durante o painel em Davos, Álvarez-Pallete  questionou se a Europa está aplicando incentivos nas áreas e modelos adequados para impulsionar a transformação e garantir o futuro e a competitividade global. 

A empresa destaca que o setor de telecom tem investido, aproximadamente, 50 bilhões de euros na modernização das redes para responder à crescente demanda de serviços digitais, bem como o desenvolvimento de novos e melhores produtos e serviços.

Por fim, o CEO classificou como “urgente” estabelecer uma regulação que favoreça a inovação, “que permita iniciativas disruptivas para as empresas, que incentive a inovação e elimine obstáculos regulamentares”. 

Entre as áreas destacadas por Álvarez-Pallete como aquelas que necessitam de atenção estão as soluções de Cloud e Edge Computing, tecnologia de fibra e 5G e o desenvolvimento de redes programáveis através de APIs globais e padronizadas.

Com informações da Telefônica*

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