Bemobi tem 35 funcionários na Rússia e na Ucrânia

A Bemobi informou ao mercado que 5% de seu faturamento vem das operações na Rússia e Ucrânia, e que até o momento, os sistemas seguem operantes.

A Bemobi, desenvolvedora brasileira de clubes de aplicativos, informou ao mercado nesta quinta-feira, 24, que tem 35 funcionários locados na Rússia e na Ucrânia. Segundo a empresa, parte desses funcionários já deixou a região.

A Rússia invadiu a Ucrânia nesta semana, iniciando uma guerra entre os dois países. A fim de conter a escalada das agressões, os Estados Unidos, o Reino Unido e países da Europa ampliação sanções econômicas ao governo de Vladimir Putin.

A Bemobi tem parceria com operadoras de Rússia e Ucrânia. No comunicado ao mercado, não diz quantos dos funcionários já deixaram a zona de conflito. “Neste momento, a Companhia busca auxiliar, o tanto quanto
possível, seus colaboradores naquela região, assim como implementar ações com o objetivo de garantir a continuidade de suas operações e mitigar eventuais efeitos adversos”, informa.

A empresa diz ainda que deve haver impacto direto em suas receitas. Atualmente, 5% das vendas globais da Bemobi são registradas dos dois países. Os resultados de 2021 serão divulgados em março. De janeiro ao final de setembro de 2021, a empresa teve receitas de R$ 200 milhões, e lucro líquido pouco acima de R$ 50 milhões.

A empresa afirma  que toda a tecnologia e informações  estão em nuvem. “Portanto tais ativos
estão resguardados”. Acrescenta, ainda, que “os serviços prestados pela Companhia nos países supracitados continuam regulares, porém há o risco de eventual degradação ou mesmo paralisação”.

A Bemobi é uma companhia brasileira. Chegou a mudar de mãos ao ter o controle comprado pela norueguesa Opera em meados da década passada. Seu fundador, Pedro Ripper, recomprou depois a empresa. Em fevereiro de 2021 abriu o capital na B3, levantando R$ 1,2 bilhão.

O valor vem sendo utilizado na expansão global dos negócios e na ampliação do leque de produtos. Também em 2021, a Bemobi comprou o grupo  Tiaxa, com operações na América Latina, na Europa e na Ásia. Assim, passou a trabalhar com produtos de micro finanças e plataformas digitais (PaaS).

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Rafael Bucco

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