Basf prepara lançamento comercial de plataforma de mapeamento digital de plantas daninhas

A solução vem sendo testada e aperfeiçoada na empresa há quatro anos e já entrou em fase pré-comercial em algumas regiões

A Basf está preparando o lançamento comercial em todo o país de sua plataforma de mapeamento digital de plantas daninhas, a Field Manager. Segundo Lucas Marcolini, gerente de comercialização Digital Farming da multinacional, a solução vem sendo testada e aperfeiçoada há quatro anos e entrou em fase pré-comercial em alguns estados, como Mato Grosso e Bahia.

A Field Manager é um dos sistemas que compõe a plataforma global de agricultura digital da companhia, a Xarvio. Adaptada à realidade de cada país, a solução tem três pilares de interesse para o produtor rural. O primeiro é a otimização de recursos, como água e insumos, seguido da redução de perdas nos talhões e, por fim, o acompanhamento das equipes da empresa do começo ao fim do processo.

Com o uso de drones, são produzidas imagens em toda a fazenda, talhão por talhão. O produtor recebe um mapa para aplicação de defensivos nas partes afetadas, evitando que toda a lavoura receba indiscriminadamente o produto. Então é traçado um plano para ligar e desligar os pulverizadores nas áreas indicadas que, futuramente, ser poderão ser feitos bico a bico do sistema pulverizador.

Para esse produto, a Basf estabeleceu dois modelos de negócios, ambos baseados em resultados. O primeiro envolve o gerenciamento completo de toda a equipe da empresa, que utilizará seus próprios drones. Para isso, o produtor rural paga uma entrada, com acompanhamento completo até a configuração do monitor para a aplicação, e no final é feita uma validação do resultado do processo e o fazendeiro paga um adicional baseado na percentagem atingida.

O segundo modelo tem a mesma dinâmica, só que é voltado para as fazendas que utilizam seus próprios drones. O valor de entrada é cerca de 80% mais barato e isso se reflete também no valor adicional.

O executivo explicou que a solução é completamente agnóstica no que diz respeito aos insumos utilizados. “Nós vamos até a entrega do mapa e configuração do monitor de pulverização. Qual o tipo de insumo vai ser utilizado não nos cabe indicar’, afirmou.

Marcolini participou hoje do painel A Agricultura de Precisão na Gestão, Manejo e Monitoramento da Lavoura durante o Agrotic, evento realizado pela Momento Editorial em parceria com a EsalqTec.

 

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Wanise Ferreira

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