Banda larga via satélite não sofre com a chuva, como a TV, afirmam especialistas

Debatedores no Agrotic sobre conectividade na zona rural desconstroem a ideia de que esses serviços ficam instáveis durante chuvas.

A banda larga via satélite, que utiliza a tecnologia Ka, não sofre com as chuvas, como acontece com os sinais de TV, que usam a tecnologia Ku. Essa foi a opinião unânime dos especialistas que participaram hoje, 15, de live do AGROtic, sobre conectividade no campo.  Para George Bem, CEO da InternetSat,  a queda no serviço acontece somente em casos extremos, como uma chuva forte e pesada mas cuja duração é curta. Ainda assim, ressaltou que “a confiabilidade do satélite, mesmo com chuva, ainda é superior. Chuva do dia a dia não é suficiente para derrubar o serviço, ele faz a adaptação”, disse.

“Banda larga via satélite obviamente sofre com o tempo, como qualquer coisa que aponta para o céu, mas não sofre tanto como a experiência que se tem com banda Ku e televisão paga”, comparou Bruno Henriques, diretor Comercial da Viasat. “A gente tem um trauma com chuva e satélite. Basicamente, se deve a forma como as televisões configuram o sinal. Eles o fazem com uma tecnologia chamada CCM, que é uma codificação fixa. Toda vez que o sinal fica abaixo do limite, cai. É completamente diferente da tecnologia que trabalhamos na banda larga, que é ACM e é adaptativo” esclareceu.

Fazenda digital

Para Joeval Martins, gerente de Novos Negócios Latam da Hispamar, não basta a conectividade chegar ao campo. É preciso também levar soluções aos empreendimentos rurais para melhorar a produtividade e reduzir os custos do agronegócio. “Temos que criar o conceito da fazenda digital”, assinalou, prevendo oferecer soluções pontuais para facilitar a tomada de decisões por parte dos produtores rurais. “A conectividade tem papel mais importante ao permitir acionar tratores por meio de IoT e toda sorte de dados para impulsionar o agronegócio. Temos várias soluções”, apontou.

Martins destacou ainda a formalização de parcerias para ampliar a oferta e comercialização do serviço de banda larga e ainda da gestão da instalação e desintalação dos equipamentos.No mesmo tom foi a manifestação de Luiz Perrone, moderador dos debates. “O satélite participa muito  do agronegócio. O que falta ainda em grandes proporções é a conectividade.  Mas não é a solução final. É preciso que cheguem os serviços para o produtor rural”, observou.

O AGROtic 2020 é uma realização do Tele.Síntese em parceria com a ESALQtec.

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Abnor Gondim

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