Banco prevê crescimento no longo prazo para a Desktop

BTG indica que empresa é a sua principal escolha de investimento entre os provedores de serviços de internet
Desktop é opção de investimento a longo prazo, indica BTG
Aumento de capital melhora visão de longo prazo da Desktop, avalia BTG Pactual (crédito: Freepik)

Além de registrar resultados satisfatórios no quarto trimestre de 2022, a Desktop deve se mostrar uma excelente oportunidade para investidores a longo prazo, segundo relatório divulgado pelo banco BTG Pactual nesta terça-feira, 31.

O provedor de serviços de internet (ISP) levantou R$ 159 milhões com seu aumento de capital, no qual disponibilizou 17,7 milhões de ações. A empresa havia indicado que o processo deveria arrecadar de R$ 120 milhões a R$ 300 milhões.

“Olhando para o longo prazo, vemos a Desktop como uma excelente oportunidade para investidores, tornando-a nossa principal escolha entre os ISPs”, afirma o BTG.

“A estrutura de capital da empresa deve melhorar após o aumento de capital, permitindo acelerar a atividade de M&A [fusão e aquisição, na sigla em inglês]. E considerando que o setor de telecomunicações é intensivo em capital, muitos pequenos provedores estão lutando para manter suas operações em execução no ambiente de altas taxas de juros, potencialmente abrindo oportunidades atraentes de M&A”, complementa o banco, em relatório.

Segundo o BTG, a empresa deve registrar “resultados decentes” no quarto trimestre do ano passado. A projeção indica que a receita líquida totalize R$ 198 milhões, com alta de 60,2% sobre o mesmo período do ano anterior (R$ 123,5 milhões) e de 5,6% na comparação com o terceiro trimestre (R$ 187,5 milhões).

O lucro líquido estimado é de R$ 24,8 milhões, 46,4% superior ao apurado no último trimestre de 2021 (R$ 16,9 milhões). Contudo, 1,4% inferior ao registrado no trimestre imediatamente anterior (R$ 25,1 milhões).

O banco de investimento também projeta que a companhia tenha encerrado 2022 com 774 mil assinantes (homes connected). Especificamente sobre o período de outubro a dezembro, as adições orgânicas, todavia, devem cair 20,7%, desacelerando para 25 mil, contra 31,5 mil feitas no mesmo período do ano anterior.

“Estimamos que as adições líquidas irão gradativamente se recuperar nos próximos trimestres, à medida que a empresa aproveita a significativa oportunidade de crescimento em São Paulo e nos estados adjacentes”, diz o BTG.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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