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Até 2020, 30% dos projetos de Indústria 4.0 obterão seus algoritmos de grandes marketplaces, diz Gartner

Menos de 5% desses projetos usaram algoritmos de marketplaces em 2016. Especialistas dizem que o uso de algorítimos pré-desenvolvidos acelera o desenvolvimento de projetos e reduz o time do market.

algoritmo-by-Jorge-Franganillo-cc-by-20Até 2020, pelo menos 30% dos projetos de Indústria 4.0 obterão seus algoritmos de grandes marketplaces, um aumento significativo comparado aos menos de 5% de 2016, segundo o Gartner. De acordo com seus especialistas, o principal desafio nesse segmento de mercado continua sendo o uso de algoritmos como base para esses projetos.

“Os projetos de Indústria 4.0 estão enfrentando dois grandes desafios. Primeiro, no mundo conectado dos sistemas ciberfísicos, eles precisam lidar com o grande volume, a velocidade em tempo real e a diversidade dos dados. Segundo, para nortear novos valores e inovações diferenciadas, precisam ser desenvolvidos algoritmos novos, o que faz deles a base das iniciativas da Indústria 4.0”, explica Thomas Oestreich, vice-presidente do Gartner.

Oestreich diz que o desenvolvimento de algoritmos novos exige conhecimento e competências que a maioria das companhias ainda não tem. Para acelerar o time to market e o processo de desenvolvimento, algumas organizações utilizam uma combinação de provedores de serviços e marketplaces de algoritmos.

Segundo o Gartner, algoritmos reutilizáveis podem reduzir o tempo de desenvolvimento. Os fornecedores de Analytics começaram a criar marketplaces para componentes de software, como algoritmos de análise, para garantir mais flexibilidade e opções aos usuários finais. Esses locais de comercialização promovem os benefícios da economia dos aplicativos para o desenvolvimento de software, reduzindo significativamente os custos de distribuição e melhorando o acesso aos milhares (até milhões) de algoritmos disponíveis.

“Incentivamos os CIOs a criarem uma força tarefa com os líderes de Dados e Analytics para avaliarem juntos os marketplaces e então criarem sua própria biblioteca de algoritmos disponíveis e potencialmente úteis”, completa Oestreich.

ERP renovado

As primeiras organizações a adotarem a Indústria 4.0 também estão renovando suas soluções de ERP (Enterprise Resource Planning). Os sistemas de ERP estão conectados à infraestrutura da Internet das Coisas (IoT), composta por sensores e atuadores, middleware para a coleta e armazenamento de dados, aplicativos e Analytics para a tomada de decisões e de ações necessárias.

“Muitas soluções de ERP são antigas e não conseguem suportar o volume e o nível de detalhe exigido de dados e transações corporativas que precisam ser processadas”, explica Christian Hestermann, diretor de Pesquisas do Gartner.

A indústria da música é um bom exemplo de como um setor se transformou. Os clientes passaram da compra de álbuns completos em uma loja especializada para o streaming de uma música só, em que o pequeno valor devido é cobrado na hora. “ERP poderia rapidamente se tornar o gargalo dos negócios digitais, impedindo que uma empresa agisse com a rapidez necessária para aproveitar oportunidades em um mundo digital com ritmo bastante dinâmico”, diz Hestermann.

Os CIOs precisam desenvolver ocasiões em negócios digitais para que consigam expandir suas atividades. Os sinais provenientes dos sensores inseridos nos produtos ou de fontes externas podem ser usados para oferecer serviços adicionais aos clientes. “Isso exigirá a modernização das soluções de ERP envolvidas porque as mais antigas não conseguirão arcar com o nível de detalhamento e com os volumes necessários das microtransações”, diz Hestermann.

De acordo com o Gartner, até 2020, 50% das empresas que renovarem seus sistemas de ERP centrais e migrarem suas infraestruturas de IoT para uma plataforma padronizada aumentarão em 20% as interações com os clientes. (Assessoria de Imprensa)

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