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Jurandir Pitsch: As novas demandas de serviços de vídeo na AL

Em 2019, telas de TV com Ultra HD ingressarão firme na América Latina, o DTH e os serviços de contribuição de provedores e uso de multi-telas estarão consolidados na região, ampliando a demanda da capacidade satelital.

Jurandir-Pitsch

O mercado de transmissão de vídeo encontrou um ambiente de negócios bastante promissor na América Latina. Nos últimos cinco anos, o número de canais disponíveis na região cresceu 91%, sendo que os em HD subiram de 11 para mais de 220 canais no mesmo período. Além disso, a demanda dos consumidores da região também aumentou com a chegada de tecnologias com maior qualidade de imagem, gerando uma expectativa de aumento de 6% na receita de assinaturas de TV Paga nos próximos seis anos, que devem chegar a US$ 19,5 bilhões em 2021[1].

As  pessoas também investirão em equipamentos cada vez mais preparados: em 2019 as vendas de televisores HD e Full HD começarão a cair na região, sendo substituídos por equipamentos com qualidade Ultra HD.

Diante desse cenário, a SES tem o objetivo de auxiliar os players através do seu conhecimento global e local, uma frota de mais de 50 satélites geoestacionários e uma equipe de inovação focada em trazer as tendências para a realidade no mercado. Com isso, busca construir uma estrutura que supre as novas e tradicionais necessidades, auxiliando seus clientes a buscar o melhor custo-benefício para suas transmissões.

A SES antevê que a distribuição de conteúdo de vídeo para toda uma região atingirá novos picos, visto que a penetração de mercado de TV paga na América Latina ainda é de 47%. Além disso, o mercado de DTH se consolidará na região, bem como os serviços de contribuição de provedores. Para isso, a SES possui uma comunidade de vídeo voltada para a região, se apoiando principalmente na capacidade dos satélites SES-6 e NSS-806 para levar os sinais dos clientes à toda a região e auxiliar na retransmissão para todo o planeta.

Com a busca cada vez maior dos consumidores por assistir a conteúdos em qualquer lugar, a qualquer momento, as empresas hoje devem buscar serviços e soluções que permitam o uso multi-tela, o acesso e demanda com facilidade e velocidade. Pensando nisso, a SES investiu no SAT>IP, que permite converter o sinal de TV recebido do satélite para o protocolo IP e, portanto, assistir conteúdo de vídeo em qualquer dispositivo compatível com o protocolo, como Tablets, celulares, PCs e Smart TVs. Além da MX1 360, plataforma integrada desenvolvida pela MX1, empresa recém-formada pela SES que permite levar às empresas de mídia para gerenciar, fornecer e monetizar seu conteúdo de uma plataforma de serviço centralizado.

Além disso, a SES disponibiliza soluções que agilizam e trazem um melhor custo-benefício nas operações das empresas. Com a construção de CDNs via satélite (Rede de distribuição de conteúdo, da sigla em inglês), por exemplo, a SES permite a alimentação de servidores de conteúdo de vídeo para uma grande região, com facilidade e de maneira instantânea. Isso é bastante útil, por exemplo, para salas de cinema, que podem ter toda a sua grade de filmes atualizada ao mesmo tempo, tanto em grandes metrópoles como em regiões remotas onde a fibra ótica não possui ramificação.

Outro exemplo de uso empresarial é a construção de headends no céu (HITS, sigla em inglês). As operadoras de cabo podem receber toda sua programação de canais a partir de apenas um satélite, organizando assim, os sinais dos mais diversos produtores de conteúdo.

Por isso, o satélite é vital para o crescimento do ambiente de vídeo na América Latina. Essa tecnologia permite fornecer a empresas, emissoras e programadoras, pacotes competitivos e com ótimo custo benefício, que auxiliam na expansão de negócios e na entrega de experiências de vídeo ricas ao público, em qualquer lugar. Atualmente, a SES transmite mais de 780 canais para mais de 61milhões de lares no continente. Tem previsto também o lançamento de dois novos satélites na região, o SES-10 e o SES-14 para satisfazer um público cada vez mais exigente de novas formas de acessar conteúdo, sempre com a melhor qualidade disponível, seja HD ou Ultra HD.

[1] Digital TV Latin America Forecasts, March 2016, Digital TV Research

Jurandir Pitsch, Vice-presidente de vendas para América Latina Sul da SES.

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