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Arbitragem da Oi pode atrasar migração das concessões

O CEO da Oi espera fechar a venda da unidade Móvel até início de abril e, com os recursos, quitar a dívida da empresa no BNDES e investir na nova Oi

Arbitragem da Oi pode atrasar migração das concessões em até dois anos, diz Baigorri

A arbitragem solicitada pela Oi poderá atrasar o processo de migração das concessões em até dois anos, afirmou o conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri, a analistas da XP Investimentos. A precificação dos valores ainda está em discussão, incluindo as novas contrapartidas que deverão substituir as obrigações atuais.

Do outro lado, o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, pretende realizar o fechamento do negócio entre final de março e início de abril, após avançar com as etapas societárias. Em outra frente, a companhia espera que a venda da Oi Móvel para TIM, Claro e Vivo ocorra sem grandes restrições, apenas com remédios.

Com os recursos da venda, a Oi irá quitar suas dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Um eventual saldo remanescente será usado para financiar a nova Oi, voltada para serviços, operação que terá geração de caixa positiva só em 2023.

A aposta do CEO da Tim Brasil, Pietro Labriola, é de que a venda da Oi Móvel seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) até janeiro do próximo ano. Assim como Abreu, Labriola também está confiante na aprovação do negócio da Oi Móvel sem grandes mudanças.

Vivo aposta na fibra

Todos os olhos da operadora estão voltados para a fibra óptica. O plano da Vivo é chegar em 2024 com 29 milhões de casas passadas. A empresa pretende alcançar o número tanto de forma orgânica quanto inorgânica, por meio da companhia de rede neutra, Fibrasil, em em que 25% está sob controle da Telefónica.

Apesar de declarar estar aberta a M&A (fusões e aquisições), a diretoria da Vivo se disse seletiva e que a qualidade de aquisições potenciais precisam estar “a altura” da operadora. Muitos pequenos provedores cresceram por conta da crescente demanda, mas não aprimoraram a qualidade de seus produtos, justificou a diretoria.

ISPs crescem

Com três aquisições (Starnet, LPNet e NetBarretos) depois de sua inauguração na bolsa de valores, a Desktop segue sua estratégia de expansão por meio de fusões. A companhia foca em aquisições de empresas maduras, com posição de liderança e localizadas em regiões adjacentes as cidades onde a Desktop possui operação. Para auxiliar a integração das empresas já adquiridas, a provedora contratou o serviço de consultoria da Pragmatis.

Do lado do crescimento orgânico, o ISP está focando em cidades conurbadas, para obter maior eficiência operacional. A companhia ainda explicou que, com o objetivo de manter a atenção na fibra, não participou do leilão 5G.

A Unifique está criando uma Diretoria de Transformação Digital para aprimorar os sistemas da empesa. Hoje, 7% do faturamento bruto da provedora vai para o aprimoramento tecnológico. Nesse contexto, a fornecedora WDC analisa que os ISPs estão investindo cada vez mais no modelo de negocio de TaaS (tecnologia as a service). Os pequenos provedores estão saindo do aluguel de equipamentos básicos, como modem, para outros de maior valor agregado.

O movimento, no entanto, não foi suficiente para evitar a desaceleração das vendas de equipamentos da WDC no terceiro trimestre de 2021. A consolidação do setor resultou em um crescimento orgânico menor para as empresas.

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