Apps maliciosos povoam TV Boxes, alerta empresa de segurança

Segundo a ESET, Brasil foi alvo de 20% dos ataques na América Latina de botnet formada a partir de TV Boxes que receberam apps maliciosos instalados pelos próprios usuários

(crédito: Freepik)

A empresa de segurança ESET publicou relatório no qual aponta que usuários de TV Box têm baixado aplicativos que comprometem a segurança do aparelho e o transformam e parte de botnets responsáveis por ataques de negação de serviço. A constatação vem em linha com alertas da Anatel, que também apontava para vulnerabilidades em alguns dos modelos de TV Boxes piratas mais vendidos no Brasil.

A ESET, no entanto, aponta que mesmo TV Box legítimas podem se tornar parte de botnets por conta do mal uso. A empresa afirma que constatou o download de aplicações que trazem vulnerabilidades em seus códigos.

“A busca por expandir o catálogo de filmes e séries leva algumas pessoas a não examinar cuidadosamente quais aplicativos estão baixando ou que página estão visitando”, alerta Camilo Gutiérrez Amaya, Chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET na América Latina.

Uma única botnet identificada pela ESET foi responsável por 2 mil ataques DDoS (negação de serviço). Os ataques partiram, na maioria, dos aplicativos de streaming Tele Latino, You Cine e Magis TV, mas há outros.

“Esses aplicativos estão disponíveis não apenas para Android TV Boxes, mas também para muitos outros dispositivos, incluindo TV Sticks como os da Amazon ou Xiaomi. Uma vez que os dispositivos são infectados, os atacantes assumem o controle e os utilizam para usar cada um dos milhares de zumbis que conseguem infectar para enviar solicitações direcionadas a um mesmo destino e assim desabilitar os servidores de seu objetivo”, alerta o especialista.

O relatório, de dezembro, mostra que os TV Boxes foram incorporados à botnet Mirai. O malware responsável pela “adesão” do aparelho à botnet é chamado pela ESET de Android Pandora.

Conforme o relatório da ESET, entre os países mais atacados da região destacam-se o Brasil (20%), o México (13%) e o Peru (11%) como os principais alvos. Também é observado que muitas das páginas enganosas estão em espanhol. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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