App de música Moises capta US$ 8,65 milhões para investir em IA

Por meio de IA, os músicos podem isolar ou remover partes de uma música, como vocais e guitarras, reconhecer acordes e detectar batidas.
App de música Moises capta US$ 8,65 milhões para investir em IA - Crédito: Freepik
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Moises, aplicativo de música fundado pelo brasileiro Geraldo Ramos e com mais de 20 milhões de usuários em todo o mundo, acaba de receber um aporte de US$ 8,65 milhões (cerca de R$ 44 milhões). A rodada foi liderada pela monashees, pioneira na indústria de capital de risco no Brasil e na América Latina, e pelo Kickstart Fund, fundo do estado de Utah, nos Estados Unidos, com participação da Norwest, Toba Capital, Alumni Ventures, Goodwater e Valutia. Recentemente, o app, que está registrado em 33 idiomas, alcançou o primeiro lugar na App Store dos Estados Unidos.

Moises é uma startup de tecnologia musical focada em pesquisar, desenvolver e distribuir tecnologias para a música, contribuindo para o espaço criativo. Por meio de Inteligência Artificial (IA), os músicos podem isolar ou remover partes de uma música, como vocais e guitarras, reconhecer acordes, transcrever letras e detectar batidas. Uma solução desenvolvida para um problema que o músico brasileiro Geraldo Ramos, cofundador e CEO de Moises, enfrentava como baterista.

“Moises faz a mágica da música acontecer”, disse o vencedor do Grammy e tecladista americano Jordan Rudess, que se tornou o primeiro embaixador da marca e é uma das atrações do Rock in Rio, em setembro. Músicos, compositores e produtores brasileiros como Lucas Lima, Alexandre Kassin, DJ Memê e Eloy Casagrande, da banda Sepultura, também já revelaram ser adeptos do aplicativo.

Expansão e novos recursos

O aporte permitirá a expansão da atuação da startup, que pretende criar novos produtos a partir da IA. “Embora Moises seja conhecido principalmente por seu conjunto de ferramentas para músicos, nosso escopo é muito maior. Pretendemos liderar uma nova geração de tecnologias de IA e nos tornarmos um provedor de serviços para o setor”, explica Ramos.

A rodada também possibilitará a pesquisa de novos algoritmos e viabilizará a expansão de parcerias B2B, já que grandes players do setor vêm testando o app. “Pretendemos ajudar a indústria da música a avançar, agregando novo valor para todo o ecossistema, incluindo gravadoras, editoras, distribuidores e, o mais importante, para os músicos”, reforça Ramos. “Nossa missão é alavancar a tecnologia para capacitar as pessoas a atingirem todo o seu potencial criativo”, completa.

Recentemente, a empresa lançou uma nova ferramenta de assistente de composição para ajudar os músicos a criarem músicas com a ajuda de inteligência artificial. “É como Grammarly para músicos”, explica Ramos.

Eric Acher, cofundador e managing partner da monashees, revela que ficou impactado com a motivação para liderar a revolução da música com tecnologia e empoderar milhões de músicos e criadores de conteúdo em todo o mundo. “Com o crescimento do número de criadores de conteúdo, novas soluções e modelos de receita são necessários para tornar a tecnologia avançada acessível em grande escala e trazer mais transparência à monetização dos criadores. Acreditamos fortemente que qualquer pessoa apaixonada por música deve ser capaz de criar peças de alta qualidade com as ferramentas certas”, afirma o executivo.

Moises, que está sediado em Salt Lake City, no Estado de Utah, nos Estados Unidos, adota o conceito de trabalho híbrido. Atualmente, possui mais de 50 funcionários, distribuídos, principalmente, entre Salt Lake City e João Pessoa, na Paraíba, onde estabeleceu um hub no início de 2021.

(com assessoria)

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Redação DMI

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