ANPD investiga possível vazamento de dados de operadoras

Autoridade afirma em nota que vai punir os envolvidos no vazamento de dados de 100 milhões de brasileiros

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou hoje, 11, que está apurando tecnicamente as informações sobre o incidente envolvendo o vazamento de dados pessoais de operadoras móveis.

Ontem o site Neofeed noticiou que a empresa de segurança PSafe descobriu um banco de dados com informações de 100 milhões de clientes de Vivo e Claro circulando na dark web, uma área de difícil acesso da internet onde criminosos digitais costumam vender dados obtidos de forma irregular.

Ambas as operadoras afirmaram que não têm qualquer indício de vazamento de seus dados.

“A ANPD está tomando todas as providências cabíveis. A autoridade oficiou outros órgãos, como a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, para investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados”, afirma em nota a autoridade de proteção de dados.

Diz ainda que “promoverá, com os demais órgãos competentes, a responsabilização e a punição dos envolvidos”. A agência poderá sancionar empresas a partir de agosto deste ano.

Este é o segundo mega-vazamento de dados de brasileiros identificado pela PSafe neste ano. Antes, a empresa encontrou uma base com informações de 223 milhões de pessoas. A origem da base não foi identificada. Senacon, Procon e ANPD se debruçam sobre o caso, e pediram também investigação da Polícia Federal.

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Rafael Bucco

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