Anatel vai regular o 6G a partir de 2025

A agência estima que aplicações como realidade virtual e realidade aumentada; e-saúde; conectividade difusa; robótica e mobilidade autônoma serão incrementadas com o 6G
Crédito: Freepik

O conselho Diretor da Anatel aprovou ontem, 18, o novo Plano de Uso do Espectro de Radiofrequências do Brasil, que  traz o planejamento  sobre as frequências que serão destinadas para diferentes serviços de telecomunicações e radiodifusão para o período de 2021 a 2028.

Nesse plano, foram definidas as metas de curto, médio e longo prazos. As metas de curto prazo serão implementadas nos próximos dois anos; as de médio prazo, entre os anos de 23 e 24 e de longo prazo, a partir de 2025 até 2028. E, conforme o documento, os preparativos para o ingresso do novo padrão de tecnologia móvel, o 6G, começarão a ser feitos pela agência reguladora a partir de 2025, pois ela prefere aguardar pelas decisões que serão todas na próxima Conferência de Radiocomunicação da UIT, marcada para 2023.

Frequência

O plano de uso do espectro já considera a destinação de frequências ultra altas, acima  de 90 GHz, para a nova tecnologia móvel e prevê as seguintes aplicações:

*Realidade virtual e realidade aumentada;
* e-Saúde;
* Conectividade difusa;
* Indústria 4.0 e robótica;
* Mobilidade autônoma.

E afirma ainda que estudos preliminares apontam para algumas características que podem fazer parte da arquitetura dos sistemas 6G:
* Virtualização e desagregação;
* Integração avançada entre as redes de acesso e o backhaul;
* Arquitetura de rede centrada no usuário.

” Em termos de uso do espectro, espera-se que o 6G continue a tendência de que as redes móveis utilizem frequências mais altas e maiores larguras de faixa. Adicionalmente, vislumbra-se que os sistemas massivos de múltiplas entradas e múltiplas saídas (Massive
MIMO, na sigla em inglês) continuarão sendo uma tecnologia-chave para o 6G e que a taxa de transmissão de dados e a eficiência espectral continuarão a ser o foco dos sistemas móveis”, conclui o estudo.

Leia aqui o Plano de Estudo de Uso de Espectro:

Plano_de_Uso_do_Espectro_Fev_2021

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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