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Regulação

Anatel estuda fazer novo leilão de sobras, mais simples, ainda este ano

Conselheiro da agência, Rodrigo Zerbone, conta que intenção é oferecer mais prazo para ISPs formularem modelos de negócios

Os integrantes do conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ainda debatem se é possível realizar um novo leilão de frequências neste ano, com as sobras a última licitação, acontecida no final do ano passado – e cujas primeiras homologações devem liberadas ainda hoje, 01. 

Segundo o conselheiro Rodrigo Zerbone, haverá diferenças pontuais no novo edital, que deverá ser mais simples, ampliando o leque de modelos de negócios aceitos dos participantes. Ele também espera que os prazos entre o lançamento do edital, inscrições, lances, seja mais longo para que os provedores regionais consigam estudar melhor suas oportunidades.
 
Para ele, apenas após um novo leilão a agência deveria abrir uma rodada de venda direta das frequências. Um novo certame seria importante para revelar, ou não, disputa por faixas. “A venda direta só pode haver onde não há concorrência”, lembrou. Ele participou de painel do 8ISP, encontro nacional de provedores regionais, organizado pela Abrint e que acontece até sexta-feira, 03, em São Paulo.
 
Zerbone defendeu que os ISPs invistam em frequências que lhes permitam criar redes LTE. “Os prestadores de serviços precisam caminhar para a mobilidade. O LTE é um grande trunfo pois pode incrementar a gama de serviços para o consumidor final, permitindo ao provedor chegar em locais onde a rede fixa não chega”, ressaltou.
 
Segundo Zerbone, além da licitação de sobras, em faixas como 1,8 GHz e 2,5 Ghz, a Anatel estuda vender faixar de 2.3 GHz e 3.5 GHz, mas não este ano. Ele diz que haverá uma consulta especialmente para a banda de 3,5 GHz, possivelmente ainda este ano, uma fez que a faixa pode interferir no funcionamento de redes satelitais.

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