Alta do dólar afeta em cheio os satélites, afirma Sindisat

O presidente da entidade, Luiz Otávio Prates, assinala que o segmento investiu US$ 3,4 bilhões nos últimos cinco anos no Brasil.
Luiz Otavio Prates, diretor do SindisaT (satélite). Foto (divulgação)
Luiz Otavio Prates, diretor do SindisaT (satélite). Foto (divulgação)

O Sindisat – Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por satélite – aponta que a desvalorização do real diante das moedas estrangeiras é o principal desafio da indústria neste momento. “A alta do dólar traz impactos incontestáveis para a indústria de telecomunicações como um todo, mas afeta o setor de satélite em especial que tem todos os seus investimentos e insumos vinculados a esta moeda estrangeira”, diz o presidente da entidade,  Luiz Otavio Prates, indicando que o real teve uma desvalorização em 2015 de cerca de 50% diante do dólar americano.

A partir deste mês, o Sindisat está agendando uma série de reuniões com outras entidades e membros do Governo para reforçar a atenção especial que se deve dar aos impactos gerados pela alta do dólar, de forma a procurar formas de compensação e de manutenção dos investimentos. O setor investiu US$ 3,4 bilhões nos últimos cinco anos, mas a mudança cambial poderá trazer impactos em valores provisionados também por clientes e empresas, que deverão rever seus custos e seus planos futuros.

Para a entidade, um país de tamanho continental e com alta diversidade e complexidade geográfica, como é o caso do Brasil, não pode prescindir do uso do satélite na formação de sua infraestrutura de comunicações. Os satélites também transportam sinais de milhares de estações terrenas formando redes de serviços críticos para instituições públicas com serviços de segurança, gestão de desastres naturais, programas sociais de educação à distância, serviços eletrônicos de governo, entre outros.

“O satélite representa, ainda, uma importante opção tecnológica e perfeitamente aderente ao Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), diz o presidente.

O mercado

O Brasil conta atualmente com mais de 14 satélites geoestacionários em posições orbitais brasileiras, 35 satélites ocupando posições orbitais notificadas por outros países e visando a cobertura do nosso território, mais de 100.000 estações terrenas prestando diversos serviços como os de banda larga, além de suportar a oferta de TV paga DTH e TV aberta para milhões de brasileiros. Os leilões de posições orbitais geraram R$ 570 milhões para o Brasil nos últimos quatro anos. ( com assessoria de imprensa). 

 

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Da Redação

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