Alpop planeja ser casa popular de crédito na América Latina

Plataforma Alpop cresce até 20% ao mês e quer atingir fluxo de recebíveis de R$ 15 milhões mensais no ano que vem.
Alpop planeja ser casa popular de crédito na América Latina - Crédito: Freepik
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A fintech de impacto social Alpop, com foco em solucionar o problema de moradia de negativados, informais e estudantes, divulgou nesta semana números recentes do negócio e perspectivas para 2022. A impulsão vem acompanhada da contratação do executivo Denis Levati, como o novo diretor institucional para conduzir um plano agressivo de expansão.

Somente em março deste ano, cerca de R$ 1,6 milhão passaram pela plataforma. “A expectativa é atingir R$ 5 milhões mensais este ano e R$ 15 milhões por mês daqui um ano e meio”, afirma Denis Levati. O crescimento é de 15% a 20% por mês, número significativo considerando a referência anual.

A empresa totaliza 1.300 contratos ativos em parceria com 95 imobiliárias, espalhadas por 61 municípios de 16 Estados. Até agora, os próprios sócios investiram R$ 4 milhões, mas, já na programação, uma rodada de investimentos com um fundo de venture capital deve equilibrar o jogo. São Paulo ainda é o maior mercado, mas o interior do Brasil está na mira.

Para o novo diretor do Alpop, especialista com vasta experiência em negócios, marketing e growth no mercado imobiliário, a captação de novas imobiliárias na carteira de clientes tem tido uma conversão de 100% nos últimos meses, o que indica acerto da plataforma.

Casa de crédito e inadimplência 

Sobre a “transição” para uma espécie de casa popular de crédito, conforme o diretor, o Alpop já faz testes com o público que faz locações de imóveis comerciais e também pequenos experimentos de crédito de sucesso, com taxas a 8% ao ano, “mas que ainda não são uma linha de negócio”, acrescenta.

Levati explica que o Alpop lida com um índice de inadimplência muito baixo, o que indica que o mote central de atuação, que é identificar os bons pagadores, mesmo quando não parecem ser, tem sido bem-sucedido.

“São apenas 3% de perdas financeiras, bem abaixo da média brasileira, que varia entre 8% e 15% a depender da região. O tíquete médio de locação na plataforma, incluindo aluguel, condomínio e IPTU, fica na média de R$ 1.100”, afirma.

Investimento, rodada e produtos 

Se o Alpop já recebeu R$ 4 milhões de investimento próprio dos sócios, desde sua fundação, agora já negocia uma rodada de investimentos que deve ser anunciada em junho. A possibilidade é que a empresa levante um valor maior que este.

De acordo com Levati, o dinheiro deve ser usado para ampliar a presença em regiões onde a startup já atua, mas que ainda apresentam grande déficit habitacional, caso do interior dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

Depois, pode ser usado abrir novas linhas de produtos financeiros. “Todas as nossas ações, que começam hoje pelo aluguel, objetivam outro negócio. Queremos mesmo um dia ser a maior casa de crédito popular da América Latina”, afirma.

(com assessoria)

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Redação DMI

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