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Algar defende obrigação em 5G standalone

Segundo Márcio de Jesus, empresa vai disputar lotes de frequência em sua área de concessão

A Algar ainda vai esperar a evolução do edital do 5G para definir como será sua participação. Por enquanto, a certeza é de disputar lote na sua área de atuação, afirmou o diretor de B2B da Algar, Márcio de Jesus. Outra definição é de que a operadora vai usar a faixa em serviço FWA (banda larga fixa) em localidades onde ainda não chega a rede de fibra óptica da companhia. 

Segundo Jesus, as obrigações impostas podem ser facilitadoras ou impeditivas para uma maior participação da operadora no leilão. Ele disse que torce para que haja compradores para todos os lotes e, no final, uma orquestração para que se encontre uma forma viável e competitiva para prestação do serviço. 

“A gente acredita que uma operadora regional consegue ter um olhar diferente para os requisitos e oportunidades daquela região e conseguir fazer com que a evolução digital chegue mais rapidamente em mercados que não necessariamente são prioridades”, afirma o diretor da Algar. Ele disse que o Brasil viu isso acontecer com a banda larga por fibra óptica e com a rede móvel pode ser outra oportunidade. Jesus entende que um conceito de rede neutra pode ser mais aderente nesse mercado para viabilizar a participação de outros players. 

O diretor da Algar defende redes standalone, que vai garantir uma experiência plena do cliente com a nova tecnologia e a experiência do usuário é mandatória. “Nós temos nos preparados em termos de backbonebackhaul, CDN, cloud para que extrairmos o máximo de eficiência da frequência”, disse. 

Segundo Márcio de Jesus, a operadora tem interesse nas faixas de 3,5 GHz, 26 GHz e eventualmente 2,3 GHz, mas tudo depende do preço e das obrigações, como antecipou ao Tele.Síntese em abril. Para ele, o 5G vai permitir a distribuição de novos serviços de valor adicionado, especialmente na área de entretenimento. “Eu acredito que é uma grande oportunidade de parceria entre as empresas de telecomunicações e outras indústrias que tenham serviços que possam ser distribuídos com o aumento da potência de serviços de dados que será trazido pela nova tecnologia”, disse. 

Márcio de Jesus foi um dos palestrantes do painel sobre 5G, promovido pelo Teletime, em evento virtual. 

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