A Alcatel-Lucent instalou, na unidade brasileira, um laboratório para testes na rede de transporte IP e, até o final do ano, inaugura a unidade para testes de roteamento IP. O laboratório utiliza equipamentos com a tecnologia DWDM e o switch OTN 1830. Este servidor é considerado a peça central do portfólio de transporte óptico da empresa, sendo capaz de transmitir uma combinação de taxas de 40G e 100G em diferentes comprimentos de onda de uma fibra óptica. “Conseguimos criar em laboratório a situação de uma rede real e num enlace, com uma fibra de 100G, é possível transmitir, por exemplo, 12.500 vídeos em alta definição”, explicou Alessandro Nascimento, gerente do EBC (Executive Briefing Center), onde está o novo laboratório, na sede da empresa em São Paulo.
De acordo com Javier Rodriguez Falcon, presidente da subsidiária brasileira, foram investidos, na primeira etapa (laboratório de transportes) US$ 4 milhões. A instalação do laboratório de transporte e roteamento IP faz parte do plano de mudança da empresa, anunciado em junho do ano passado, para focar em produtos de rede e banda larga de alta velocidade. “A parte de IP router no Brasil é a mais importante para a empresa e, na área de transportes, é onde está havendo o maior crescimento”, comentou Falcon, na coletiva de imprensa realizada hoje para anunciar a implantação do laboratório, que atenderá também os países na América Latina.
Com a tecnologia de multiplexação (DWDM) combinada ao servidor OTN, o laboratório permitirá que uma operadora simule qualquer uma das etapas de sua rede, começando na pré-operação, na operação monitorada e na implementação. “Estamos começando a implantar a switch OTN 1830 em três operadoras no Brasil”, informou Falcon, sem informar nomes. Fora, as operadoras Orion, Telekom Austria, Telecom Italia e a Alestra (México) já anunciaram testes com a solução de 400G da empresa.
Reforço para a Copa
O presidente da Alcatel-Lucent Brasil também informou que a empresa está trazendo, de outros países, especialistas em rede de transporte e em roteadores para dar suporte às operadoras durante os jogos da Copa. Falcon acredita que na parte de core da rede as operadoras brasileiras estão melhor preparadas, mas a parte de acesso “está mais problemática”.