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Consulta Pública

Abrint e TelComp apoiam integralmente proposta da Anatel para faixa de 6 GHz

Entidades entendem que faixa não licenciada permitirá a expansão da oferta de serviços de internet, especialmente em locais ainda desassistidos

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) aprova integralmente a proposta da Anatel que dispõe sobre requisitos técnicos para o uso da faixa de frequências entre 5.925 MHz e 7.125 MHz por equipamentos de radiocomunicações de radiação restrita, de forma não licenciada, para o WiFi 6E.

Para a entidade, a medida causa grande repercussão no negócio de telecomunicações, especialmente na prestação de serviço de internet pelas Prestadoras de Pequeno Porte (PPP) e no atendimento da população por meio da banda larga fixa, em todas as áreas geográficas.

A proposta, que passou por consulta pública, caso confirmada contribuirá para o crescimento sistemático das conexões de banda larga fixa no país, especialmente pelas PPP por meio de fibra óptica; aumento exponencial da quantidade de hot spots e dispositivos conectados; e terá papel fundamental no escoamento de tráfego de dados móveis (offload), principalmente suportando nas tecnologias mais modernas, como 4G e 5G, onde mais de 50% deste tráfego utiliza outras redes. Além disso, sustenta que a simplificação de aspectos envolvendo o uso e a dispensa de licenciamento implicam maior democratização e a possibilidade de uso em áreas carentes de infraestrutura móvel terrestre (pontos rurais ou afastados).

Segundo a Abrint, com a pandemia da Covid 19 milhões de brasileiros passaram a depender, mais do que nunca, de conexões WiFi para trabalhar, aprender e se conectar. E afirma que, diante do baixo custo para sua implantação, manutenção e expansão, o WiFi 6 será certamente de grande utilidade para realização das políticas públicas de telecomunicações no Brasil, justamente por possibilitar a expansão da conectividade ao longo de todo o país, incluindo áreas remotas e mal atendidas.

“A partir dessa tecnologia, os prestadores de SCM, em particular os de pequeno porte, poderão desenvolver soluções de conectividade de baixo custo, seguindo os padrões IEEE 802.11ax, o que permitirá a expansão da oferta de serviços para áreas atualmente desassistidas”, ressalta.

TelComp

A Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) também apoia integralmente a proposta da Anatel para a faixa de 6 GHz. “O tema é especialmente oportuno, pois a decisão final da Anatel abre espaço para a disseminação de novas tecnologias que permitirão a expansão de ofertas de serviços de conectividade e acesso à internet, essenciais para a sociedade”, observa.

A TelComp considera também que a largura da banda, de 1.200 MHz permitirá arranjos diferentes, facilitando a futura implantação do WiFi 6 e 5G NR-U. “A utilização de canais amplos possibilita alta taxas de transferência, o que é importante para atender demandas atuais e futuras do mercado e o aproveitamento de todo o potencial das novas tecnologias de WiFi”, sustenta a entidade em sua contribuição.

A Abrint e a TelComp colaboram com a Coalizão WiFi6E Brasil, iniciativa que reúne empresas e entidades que apoiam a destinação integral da fixa de 6 GHz para uso não licenciando.

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