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Infraestrutura

Abreu defende uso de fundos setoriais para conectar a Amazônia

Rodrigo Abreu, CEO da Oi, citou que há recomendação da Anatel para uso de recursos públicos em obras de infraestrutura de telecom.

Os recursos dos fundos setoriais de telecomunicações deveriam ser empregados para financiar a construção de infraestrutura do setor na Amazônia, de forma a reverter o atual quadro de desigualdades regionais com o registro de 40% dos domicílios da região com banda larga e só um 1/3 dos municípios com fibra óptica.

Essa é a proposta para resolver  a falta de conectividade na região sugerida  pelo CEO da Oi, Rodrigo Abreu, durante live promovida hoje, 14, sobre o tema “Amazônia Conectada”. Em vídeo gravado, o executivo também citou a participação da iniciativa privada nesse esforço com incentivos de políticas públicas.

“Os fundos setoriais têm a função de fazer com que a infraestrutura de telecomunicações possa, ao mesmo tempo, ser implementada em locais mais difíceis do ponto de vista de retorno econômico – e, por isso, contando com o estímulo de políticas públicas – e também para a própria utilização de serviços pela população mais vulnerável do ponto de vista de geração de renda”, argumentou.

Os fundos setoriais de telecomunicações recolheram em 2018 aos cofres públicos R$ 6,8 bilhões, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). Só para o Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) foram R$ 2,6 bilhões, pesando principalmente nos preços do celular e da internet móvel, já que sobre cada chip em operação é cobrado um valor anual de R$ 8,85.

Novo círculo virtuoso

Na live, Abreu citou que há recomendação do Pert (Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações) da Anatel sobre a utilização de recursos públicos para fomentar a construção de infraestrutura em algumas regiões do Brasil.

Disse acreditar que a combinação de recursos públicos e privados para a construção de infraestrutura  mais o subsídio da demanda  são a chave para mudança do atual quadro de limitações regionais “para nós abrirmos um novo ciclo virtuoso de telecomunicações no Brasil” .

“Temos, sim, um potencial de praticamente dobrar o número de domicílios com mais acesso à banda larga, olhando tanto para a demanda quanto à possibilidade de infraestrutura”, analisou.

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