5G para SLP ainda é tema de debates entre Anatel e Anac

Segundo Caram, as agências querem evitar interferências nos radares de voos, embora potência de uso no SLP seja mil vezes inferior ao praticado no 5G europeu. Nos EUA, uso da Banda C estendida foi adiado.
Vinicius Caram, Superintedente da Anatel - Divulgação
Vinicius Caram, Superintedente da Anatel – Divulgação

A Anatel e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estão estudando os critérios para uso das faixas de 3,7 GHz e 3,8 GHz para redes privativas indoor e outdoor, utilizando a tecnologia 5G. A preocupação, informou o superintendente de Outorga e Recursos à Prestação (SOR), Vinicius Caram, é de interferência nos radares de aeroportos. Ele abriu o evento sobre IoT e Redes Privativas realizado pelo Tele.Síntese, que acontece nesta segunda-feira, 29, e terça-feira, 30.

Segundo Caram, no Brasil, as redes 5G nessas faixas serão em potência mil vezes menor que em outros países europeus.

Nos Estados Unidos o uso dessas faixas, que foi destinado para o serviço móvel comercial, foi interrompido. Ele disse que, além do uso indoor perto dos aeroportos, estão sendo estudadas outras restrições, como a proibição do uso dessas faixas em determinado raio a partir dessas estruturas.

“Todos os cuidados estão sendo tomados para garantir a segurança de voos, a manutenção de vidas”, afirmou Caram.

Lá, o uso outdoor somente será permitido onde não houver aeroportos por perto, afirmou. “Vamos avançar nesses estudos, mas acredito que não serão registradas interferências em razão da baixa potência”, disse. Além das tratativas com a Anac, estão previstas reuniões com representantes da indústria interessados nas faixas.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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