5G é destaque em estratégia de desenvolvimento publicada pelo governo

Sem ações práticas, estratégia traça intenções do governo para o desenvolvimento de vários setores. Em telecom, orientação é focar expansão da banda larga no Norte e Nordeste

O avanço das telecomunicações e inclusão digital está previsto na Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil no período de 2020 a 2031, lançada ontem, 27, pelo governo. O plano utiliza três possíveis cenários para a evolução da economia brasileira no período até 2031 (ano-base 2020).  No cenário reformador, que implica na realização de reformas amplas e aumento da escolaridade,  a previsão é de crescimento do PIB de 2,9% ao ano e investimentos em infraestrutura no percentual de 2,9%.

O plano servirá de diretriz para o desenvolvimento dos planejamentos dos ministérios. Para o desenvolvimento da economia digital do país, as orientações são:

– ampliar o acesso da população à internet e às tecnologias digitais, com qualidade de serviço e economicidade;

– incentivar o desenvolvimento da economia digital, aumentando o apoio à difusão de tecnologias emergentes (interconectividade, automação, energias, nanotecnologia, novos materiais e biotecnologias e edição gênica, por exemplo) e as suas aplicações no País; e

– propiciar as condições necessárias para que os setores produtivo e público utilizem dados abertos para a geração de valor econômico, a melhoria dos serviços e a criação de empregos, por meio de análise de dados, big data/analytics, inteligência artificial e outras aplicações tecnológicas.

Já para a modernização dos serviços de telecomunicações, as orientações são:

– garantir regras e instrumentos para suportar políticas e programas de expansão da infraestrutura de banda larga, o que inclui, entre outros, conectividade para as Regiões Norte e Nordeste, comunicação por satélite, governo eletrônico, data centers, redes móveis com tecnologia 5G ou superior e backhaul de fibra óptica para todos os municípios do país, com padrões de qualidade e custo compatíveis com as referências internacionais;

– estimular a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico e produtivo, a atualização constante dos serviços de tecnologia da informação e comunicação – TIC, a inteligência artificial, a segurança cibernética e a distribuição de tecnologias digitais, de forma a acompanhar a fronteira econômica mundial;

– preservar a estabilidade, a segurança cibernética e a funcionalidade da rede de internet, por meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo uso de boas práticas, com respeito aos direitos dos cidadãos;

– reduzir o gap digital entre a população brasileira, promovendo o acesso aos serviços de TIC em condições econômicas que viabilizem o uso e a fruição dos serviços;

– aperfeiçoar os sistemas de comunicação dos serviços de segurança pública, defesa nacional, inteligência e outras atividades críticas de Estado, com alta capacidade de tráfego e disponibilidade; e

– modernizar e aperfeiçoar o sistema brasileiro de radiodifusão.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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