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2,9 bilhões de pessoas ainda estão fora da internet no mundo

UIT diz que número de pessoas fora da internet é 6x maior que a quantidade de pessoas vivendo em áreas sem nenhum tipo de conexão, o que exige ação urgente

A UIT, braço da Organização das Nações Unidas para telecomunicações, divulgou hoje, 6, relatório no qual aponta que 2,9 bilhões de pessoas ainda estão fora da internet. O número é considerado alto, e o planeta deve se unir para mudar isto até 2030, conclui o organismo.

Por trás do dado há um grande abismo relacionado ao desenvolvimento humano. Nos países desenvolvidos, lembra a UIT no Relatório Global de Conectividade 2022, o acesso à internet e barato em relação à renda e praticamente universal.

Já nos países mais pobres, falta infraestrutura, conhecimento e, principalmente, renda capaz de permitir o acesso universal. Em suma, a disparidade na inclusão digital demonstra também a disparidade entre a riqueza das nações.

A UIT lembra que nos países mais pobres, com infraestrutura e acessos de baixa qualidade, a internet acaba não sendo habilitadora de desenvolvimento. Por isso, diz, o mundo precisa pensar maneiras de melhorar a rede em todos os cantos, inclusive nos locais menos desenvolvidos, para garantir que a rede seja um trampolim para o desenvolvimento econômico desse um terço da população mundial fora da web.

“O acesso equitativo a tecnologias digitais não é apenas uma responsabilidade moral, é essencial para a prosperidade e a sustentabilidade globais. Precisamos criar as condições certas, promover ambientes que atraiam investimento, para quebrar ciclos de exclusão e levar a transformação digital para todos”, diz Houlin Zhao, secretário-geral da UIT.

O relatório diz que cerca de 800 milhões de pessoas entraram na internet em função da digitalização necessária a partir do início da pandemia de Covid-19. Mas a crise sanitária tornou ainda mais importante a inclusão digital, uma vez que a desconexão resulta na incapacidade de milhões trabalharem, estudarem ou terem acesso a informações sobre saúde e serviços financeiros.

O relatório mostra que nos países mais pobres do mundo 22% da população acessa a internet. Nos mais ricos, 91%. Nas cidades, o dobro de pessoas acessa a rede, se comparada à população rural. Em relação ao gênero, 62% dos homens mundo agora têm internet, enquanto as mulheres com acesso são 57%.

Por fim, o relatório conclui que apenas 5% da população mundial mora em áreas sem nenhuma possibilidade de conexão. Enquanto 32% da população mora em áreas com cobertura móvel, mas não está na internet por causa dos custos do serviço, da falta de dispositivos acessíveis, falta de conhecimento ou habilidades técnicas. (Com assessoria de imprensa)

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