BNDES mediará recursos reembolsáveis do Fust já em 2022

Repasse será da totalidade da verba orçamentária neste ano nesta modalidade. Medida foi aprovada pelo Conselho Gestor na última semana.

BNDES fica com recursos reembolsáveis do Fust em 2022

O Conselho Gestor do Fust – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – aprovou, na última semana, o repasse da totalidade dos recursos orçamentários disponíveis na modalidade reembolsável do ano de 2022 para o BNDES. O acórdão que trata do tema foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 26. 

O acórdão também aprova o Plano de Aplicação de Recursos para o triênio 2022-2024 apresentada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES como agente financeiro do Fust (saiba mais abaixo).

O Tele.Síntese questionou o Ministério das Comunicações sobre qual é valor do montante a ser repassado ainda neste ano, já que se considera a data de assinatura do acordo, mas não obteve confirmação até a última atualização desta reportagem. Conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias em vigor, R$ 819 milhões do Fust seriam disponibilizados neste ano. Mas não está claro ainda quanto deste total será repassado ao BNDES.

Para 2023,  estão previstos R$ 603 milhões na modalidade reembolsável para criação de linhas de financiamento.

Resolução aprovada pelo Conselho Gestor do Fust em agosto prevê que a alocação de recursos sob a forma reembolsável poderá ser realizada por meio de operações de crédito, diretas ou indiretas, a subscrição de valores mobiliários e subscrição de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.

A norma estabelece também que os investimentos financiados ou garantidos por meio de programa de financiamento ou de concessão de garantia de operações financeiras deverão observar as finalidades do fundo. 

BNDES e Fust

Em junho deste ano, o BNDES apresentou a síntese da proposta de valor do BNDES para o Fust. O banco sugeriu que seja o responsável por intermediar os repasses do fundo aos agentes financeiros terceiros ou diretamente aos beneficiados, possibilitando padronização dos instrumentos de prestação de contas e aplicação dos recursos não utilizados.

A proposta do BNDES prevê três diferentes canais de utilização dos recursos:

  • Financiamento direto: Crédito direto do BNDES aos PPPs/Operadoras, com contrapartidas fixadas para cobertura de pontos de interesse (escolas, áreas rurais, postos de saúde etc)
  • Financiamento indireto (via Finame):  Utilização de mais de 60 agentes financeiros e do Fundo Garantidor (FGI ou “FGFust”), voltado para equipamentos, fibras e materiais ou giro. 
  • Fundos de investimento em direitos creditórios – FIDC: Fundos de Crédito para alavancar o financiamento de aquisição de fibra/equipamentos com fabricantes, distribuidores e outros interessados, com contrapartidas.
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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura dos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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