Vivo não quer ativo da Oi

Segundo Amos Genish, o grupo prefere que a Oi volte a ser uma forte competidora. A Vivoai fazer o refarming da faixa de 1,8 GHz e só vai investir em 4G e fibra óptica no próximo anjo.

logo_vivo01O presidente da Vivo, Amos Genish, afirmou hoje, 18, durante o Futurecom, que a sua operadora não tem interesse em comprar ativos da Oi. Para o grupo Telefônica, afirmou Genish, o melhor é que a operadora consiga sair da recuperação judicial como uma empresa forte, preparada para atuar no mercado.

” Não queremos e não achamos que a Oi deva vender ativos. Ela precisa de capacidade para investir,  para sair dessa condição o mais rápido possível”, afirmou.

Para o executivo, os entraves do mercado brasileiro não estão calcados no número de operadores, mas sim na regulação (muito amarrada) e na carga tributária (muito alta).

Para ele, a decisão da semana passada do Supremo Tribunal Federal (STF), que reverteu um entendimento já pacificado nos tribunais superiores,  mandando incidir o ICMS também na assinatura mesmo que sem qualquer minuto de conversação vinculado ao serviço,  gerou uma grande surpresa no setor. ” No Brasil, até o passado é incerto”, brincou. Ele disse que as empresas vão recorrer da decisão.

“O custo final para o consumidor da carga tributária brasileira é altíssimo. De cada real que paga, 43 centavos são impostos. Precisamos mudar isso”. Ele disse que o ministro Gilberto Kassab vê com simpatia a reivindicação setorial, mas “não pode fazer mais do que isto”. O ministro vai promover um estudo de longo prazo para o setor.

O SinditTelebrasil divulgou nota informando que vai recorrer da decisão do STF, ressaltando, contudo, que a elevação do ICMS será repassada para o consumidor.

Investimentos

Genish disse ainda que a operadora será muito agressiva no refarming da faixa de 1,8 GHz nos próximos três anos e que no budget do próximo ano da operadora não há mais recursos para a terceira geração. “Vamos investir quase todos os nosso recursos em 4G e fibra óptica”, afirmou.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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