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Mercado corporativo afeta queda de vendas de PCs

Segundo o IDC, foram comercializados cerca de 1,86 milhão de computadores no mercado brasileiro, uma queda de 6,3% na comparação anual
Queda de vendas de PCs
Queda de vendas de PCs
(crédito: Freepik)

O mercado brasileiro de PCs fechou os três primeiros meses de 2023 com resultados negativos, tanto em unidades vendidas quanto em faturamento. No período, foram comercializados cerca de 1,86 milhão de computadores, uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período de 2022.

Desse total, 490,5 mil foram desktops (alta de 9,8% frente ao primeiro trimestre de 2022), aproximadamente 1,35 milhão foram notebooks (baixa de 11,3%) e 11,9 mil foram workstations (crescimento de 51,2%). Em termos de receitas, os meses de janeiro, fevereiro e março desse ano geraram cerca de R$ 6,8 bilhões, uma retração de 24% na mesma comparação. Os dados são do estudo IDC Brazil PCs Tracker 1Q2023da IDC Brasil.

Entre os motivos para o menor volume de PCs vendido está o desaquecimento do mercado corporativo, que somou 849,8 mil unidades, 12,2% a menos do que nos primeiros meses de 2022. De acordo com Renato Murari de Meireles, analista de mercado sênior de Commercial & Devices da IDC Brasil, os investimentos das grandes empresas do setor privado apresentaram a queda mais expressiva na categoria PCs.

Por outro lado, empresas de pequeno porte buscaram alternativas para alavancar a estrutura de seus negócios. “Neste segmento, ganhou relevância o mercado de PCaaS (PC as a Service), modelo de negócio que oferece soluções de outsourcing, com todo suporte necessário às PMEs”.

As vendas de PCs para o varejo tiveram uma queda percentual pequena, de 0,6%, mas que representa um volume significativo de 1,01 milhão de unidades. “O varejo entrou no ano de 2023 com alto volume de estoque nos canais de vendas, resultado da baixa demanda por PCs nos dois últimos trimestres de 2022”, explica o analista da IDC Brasil. Ainda segundo Meireles, a estratégia da indústria foi conter o abastecimento no início de 2023 para aliviar os estoques e manter a operação saudável nos períodos seguintes.

Projeções

 Para março, abril e junho, a IDC Brasil espera que os resultados tenham sido melhores, baseados no sell out do trimestre anterior. A expectativa é de um crescimento na venda de PCs em relação aos primeiros meses do ano, muito em virtude das sazonalidades que estimulam a indústria no período. “O setor de games, novamente, deve impulsionar a categoria, com mais lançamentos, queda no ticket médio e mais investimentos. A projeção é de uma alta demanda para esses notebooks e desktops”, projeta Meireles.

A queda na venda de PCs globalmente foram apontadas pelo Gartenr. Segundo a consultoria, remessas mundiais de computadores caíram 16,6% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Dados preliminares indicam que as vendas totalizaram 59,7 milhões de unidades no intervalo de abril a junho.

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