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Varejo online movimentará R$ 62,4 bilhões em 2016, 2,35% menos que em 2015

Levantamento da E-Consulting aponta pela primeira vez em 12 anos queda no volume de transação do varejo online. Retração pode agravar com a vigência das novas regras para recolhimento do ICMS no comércio eletrônico

Mesmo com o contínuo crescimento do volume de internautas no Brasil, que somam 119 milhões de pessoas, a consultoria nacional E-Consulting prevê pela primeira vez em 12 anos a queda na transação no comércio eletrônico brasileiro, o qual deve registrar em 2016 um volume de R$ 62,4 bilhões, observando uma queda de 2,35% em relação ao ano passado, que gerou o montante de R$ 63,9 bilhões.

Os números representam a soma trimestral das vendas online de três setores: automóveis, bens de consumo e turismo. O cálculo do índice inclui em sua soma a potencialização do e-commerce B2C (Business to Consumer) nas modalidades tradicional, mobile commerce, social commerce e compras coletivas, além do C2C (Consumer to Consumer).

Dentre as três categorias mensuradas pela E-Consulting, o segmento de bens de consumo ainda possui maior representatividade com 51,8% da fatia do varejo online. Se no ano passado o cenário deste setor era aquecido, cuja arrecadação foi de R$ 32,2 bilhões, em 2016 as compras de televisores, geladeira, smartphones, dentre outros itens, crescerá apenas 0,3%, tendo a previsão de arrecadar R$ 32,3 bilhões.

Já o turismo online, que contempla 27,1% da fatia do VOL 2016, cairá 4,0% em relação ao ano passado, com a expectativa de gerar R$ 16,9 bilhões frente aos R$ 17,6 bilhões de reais movimentados em 2015. Por fim, está o segmento de automóveis, que envolve transações de carros, motos e peças. Para a categoria, com participação de 21,2% no varejo online, estima-se uma queda de 6,4%. Falando em cifras, o volume cai de R$ 14,1 bilhões para R$ 13,2 bilhões.

De acordo com Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting, o reflexo da retração está intimamente ligado com o encolhimento da economia, que impactou na confiança dos consumidores, na restrição de crédito e na inflação. Além deste cenário soma-se a nova regra do ICMS no comércio eletrônico, que aumenta a alíquota do imposto.

“A burocracia criada com o pagamento do tributo em mais de um Estado afeta no preço do produto final, que impacta no bolso do consumidor, em função do aumento do imposto, e que, por fim, atinge as vendas nas operações de e-commerce. É uma rota em constante colisão, cujo segmento deverá driblar com a execução de novas formas de encantamento aos seus compradores”, explica o executivo. (Com assessoria de imprensa)

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