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MWC

A ampliação do cyber ataque é um dos riscos da virtualização da rede de telecom

As redes de telecomunicações deixaram o switch, foram para o IP e caminham agora para o software. Com a sua virtualização, os desafios são bem maiores.

mwc-2017-fachadaBarcelona – A migração do switch para o IP e agora para o software, com a Network Functions Virtualization (NFV) irá provocar uma grande revolução nas redes de telecomunicações e trará também grandes desafios a serem suplantados por todos alertou Michele Zarri, diretor técnico do GSMA.

Entre esses riscos que precisarão de repostas firmes do setor, estão o fortalecimento dos cyber ataques. Isto porque, disse o executivo, com a mudança da rede física para a virtual, os hackers passam a ganhar um “extensivo acesso à toda a infraestrutura de telecomunicações”.

Outro desafio, para o qual Zarri reforça a necessidade dos padrões abertos,  é a interoperabilidade, por que com a nova tecnologia ela terá que fazer funcionar os sistemas verticais, e não apenas aqueles do mesmo nível. A criação da comunidade OPNFV – grupo que reúne 53 empresas globais, mas só três operadoras (China Telecom, AT&T e TIM)  para acelerar o desenvolvimento da NFV- visa justamente dar respostas aos novos desafios.

Para  Lily Kong, VP da China Mobile, somente com a união da indústria será possível criar uma rede de telecom mais inteligente e capaz de assegurar a principal demanda dos operadores – que é a sua robustez.

A  Huawei é uma das que integra esse grupo e está comprometida em oferecer soluções que assegurem mais confiabilidade,  estabilidade e melhor conectividade das redes. O objetivo final é o de eliminar as falhas das redes antes que os usuários sejam afetados.

Entre os lançamentos e conceitos que a fabricante apresentou na MWC de 2017 estão os serviços de segurança (construídos conforme a necessidade de estabilidade da operadora); serviço de rede (capaz de identificar os riscos); e serviços por eventos (que minimiza os impactos dos horários de pico, com alto tráfego de dados e voz).

Segundo Zarri, atualmente, a maior confiabilidade da internet está na plataforma da Amazon, que  ficou fora do ar apenas 2,4 horas durante todo o ano passado. E a indústria de telecom terá que alcançar feitos ainda mais exigentes.

 

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