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Anatel autoriza recompra de fatia da Telxius pela Telefónica

Grupo Telefónica recompra 40% da Telxius e passa a deter 70% da empresa de infraestrutura originada de sua própria rede global.

 

A Anatel publicou hoje, 13, a autorização para a reestruturação societária da Telxius no Brasil, permitindo à Telefônica fazer a recompra do controle isolado da empresa de cabos submarinos e infraestrutura fixa.

O negócio foi apresentado em março para a agência reguladora. Consiste na venda pelo fundo KKR de fatia de 40% da Telxius ao Grupo Telefónica e ao fundo de investimento Pontegadea.

Por ter subsidiária no Brasil, a transação de € 215,7 milhões precisava do sinal verde das autoridades locais. A aprovação se deu sem oposição de nenhum conselheiro e nem da área técnica da Anatel.

Após concluída a venda, haverá reequilíbrio na distribuição de ações. O Grupo Telefónica passará a ter 70% do capital da Telxius, enquanto a Pontegadea terá 30%.

“A operação implicará, em última instância, na aquisição de controle conjunto da Pontegadea e Telefónica sobre a Telxius, substituindo a posição de controle conjunto atualmente exercida pela Taurus (KKR), resultando em alteração de controle indireto da TELXIUS CABLE BRASIL”, resume a área técnica da agência no processo.

A transação fecha um marco de alterações no Grupo Telefónica. A criação da Telxius foi o primeiro movimento da companhia no sentido de rentabilização de sua infraestrutura. Foi o passo inicial para a venda de ativos considerados estratégicos para a diferenciação dos serviços no passado.

Quando foi criada, em 2016, a Telxius reunia toda a infraestrutura física da operadora, entre torres móveis e cabos submarinos, no mundo. A estratégia previa levantar dinheiro por meio de abertura de capital da unidade de infraestrutura. No fim, o grupo optou pela venda de 49,9% a fundos de investimentos – KKR e Pontegadea -, mantendo controle conjunto.

Mais tarde, a Telxius vendeu as torres móveis, ficando apenas com os cabos submarinos, estratégicos para a Telefônica, que agora retoma o controle absoluto da empresa por uma fração do que recebeu dos fundos no passado.

O negócio foi o prenúncio de acordos semelhantes que seriam fechados mais tarde, como a venda de 50% da Fibrasil, a empresa de fibra óptica da Telefônica no país, ou da joint venture com a Virgin no Reino Unido para criar uma empresa capaz de rivalizar com a líder British Telecom.

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