TIM quer recursos de TACs em backhaul

Operadora defende que o investimento, mesmo de TAC em andamento, seja aplicado em política pública de banda larga focada na infraestrutura de backhaul onde está a maior fragilidade

 

Amadeu Castro, André Borges, Miriam Aquino, Leandro Guerra e Cristiane Sanches| Encontros Tele.Síntese 51 - 21/11/17 – Brasília-DF | Foto: Gabriel Jabur
Amadeu Castro, André Borges, Miriam Aquino, Leandro Guerra e Cristiane Sanches| Encontros Tele.Síntese 51 – 21/11/17 – Brasília-DF | Foto: Gabriel Jabur

O compartilhamento de infraestrutura na telefonia móvel avançou bem, especialmente entre as grandes operadoras, mas na telefonia fixa só teve sucesso no que diz respeito ao backbone, na avaliação da TIM. “Nós compartilhamos 2/3 dos 70 mil km do nosso backbone de terceiros”, relatou Leandro Guerra, diretor de Relações Institucionais da operadora no painel sobre compartilhamento de infraestrutura no Encontro Tele.Síntese, realizado hoje em Brasília. Em relação ao backhaul, no entanto, 41% dos municípios não são servidos por rede de transporte de alta capacidade. “Falta porta de entrada para a rede de acesso”, mencionou.

Diante disso, a proposta da TIM, em suas contribuições à consulta pública sobre o novo modelo de telecomunicações lançada pelo MCTIC, encerrada no dia 17, é de que os recursos públicos resultantes da venda de licenças (espectro), dos Termos de Ajuste de Conduta, da adaptação da concessão para a licença de autorização caso o PLC 79 seja aprovado e os fundos públicos sejam aplicados na infraestrutura de banda larga, especialmente na expansão do backhaul em regiões de baixo desenvolvimento econômico e social e de vulnerabilidade sistêmica em termos de rede. Como os recursos do TAC são os que estarão disponíveis no curto prazo, a posição da TIM é que sejam investidos em backhaul.

Em sua intervenção, Guerra defendeu que essa regra valha também para o TAC que já está em andamento (certamente referindo-se ao TAC da Telefônica). E que as infraestruturas criadas com esses recursos sejam obrigatoriamente abertas ao compartilhamento no modelo de custos.

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Lia Ribeiro Dias

Seu nome, trabalho e opiniões são referências no mercado editorial especializado e, principalmente, nos segmentos de informática e telecomunicações, nos quais desenvolve, há 28 anos, a sua atuação como jornalista.

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