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TIM pretende ser protagonista em consolidação do setor de telecom no Brasil

Operadora diz estar preparada para movimentação, que prevê acontecer nos próximos anos. Afirma, ainda, que também estuda participar do leilão de ativos da Cemig Telecom, em agosto.

 

Presidente da TIM Brasil (foto: divulgação)

Os resultados da TIM melhoraram muito nos últimos anos e isso permitirá à operadora ser protagonista da consolidação do mercado de telecomunicações nos próximos anos. Esta é a visão dos executivos da empresa, que hoje (20) falaram a analistas sobre os resultados do segundo trimestre.

Stefano De Angelis, CEO da operadora, diz que os últimos anos foram de melhoria dos resultados para permitir à empresa ter opções estratégicas. “Qualquer CEO trabalha pela melhora dos resultados. É um foco que demos dois anos atrás. Sempre dissemos que para participar de um movimento de M&A no Brasil era importante ter um bom balanço”, frisou. E deu a entender que, daqui por diante, a tele está bem posicionada para comprar ativos, e não ser alvo de incorporação.

Segundo o VP financeiro (CFO) da companhia, Adrian Calaza, futuras compras estão sob análise. “Estamos trabalhando muito do lado operacional e financeiro, em cada assunto que nos prepare para estar nessa posição. Claro que vai depender de fazer sentido para nossa estratégia ou não. Não vamos participar por participar”, afirmou.

A seu ver, um processo de consolidação deve acontecer nos “próximos dois anos”. Neste sentido, a operadora analisa, assim como a Claro, a compra de ativos da Cemig Telecom, cujo leilão acontece em 8 de agosto. “Sempre analisamos os casos. Se cabe na estratégia, se faz sentido, vamos olhar. Depende, obviamente, de preço”, afirmou Calaza.

PLC 79

Os executivos da companhia já perderam a esperança de que uma reforma do setor de telecomunicações aconteça neste ano. Para De Angelis, mesmo que aprovado ainda em 2018, o novo governo eleito precisará se estruturar e definir prioridades. Tempo que, a seu ver, demandaria mais de um ano. “O PLC 79 não teve ter efeito nenhum nos próximos 18 meses. Mas não dá pra pensar em não ter alguma mudança regulatória com reflexo em 2021 ou 2022”, disse.

Com ou sem PLC, a TIM festeja outra mudança normativa: a possibilidade de trocar o custo de renovação de espectro por compromissos de investimento. A proposta surgiu na consulta pública sobre o PPDur, feita pela Anatel, e foi confirmada com a aprovação do novo regulamento pelo conselho diretor da agência na última semana.

O executivo despede-se da direção da operadora brasileira, dando lugar a Sami Foguel, que ocupa a presidência na próxima semana.

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