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Consolidação de tecnologias em 24 e o impacto no ecossistema de TIC

IoT, IA Generativa e Cloud são algumas das tecnologias que crescem e movimentam o ecossistema de Tecnologia de Informação e Comunicações (TIC), exigindo mais soluções de segurança e capacitação.

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O ano de 2024 será um marco na consolidação de tecnologias que já estão mudando a forma como as pessoas se comunicam e interagem no espaço digital, movimentando o ecossistema de TIC. Na medida em que o uso de IoT se intensifica ou a IA evolui, aumentam as demandas por cloud e por soluções de segurança. Isto exige dos fornecedores de tecnologia mais investimentos em pesquisa para fazer frente aos cybers ataques e, mais do que isso, capacitação dos profissionais.

Já adotada por verticais como as que atuam nos segmentos de utilities e logística, a IoT tende a ser uma das tecnologias de consolidação com a melhoria da conectividade, seja na banda larga fixa ou na móvel. Já a nuvem ganha ainda mais relevância e passa a ser requisito para o desenvolvimento de outras tecnologias como a Inteligência Artificial generativa (GenIA), que está se democratizando pela confluência de modelos maciçamente pré-treinados. A tendência é que mais empresas passem a utilizar modelos de IA ou adotem aplicativos habilitados para a tecnologia em seus ambientes de produção.

“A IA é a tecnologia que mais vai crescer em 2024. No Brasil, setores como o financeiro e o de atendimento (call center) já utilizam inteligência artificial, mas veremos uma expansão para outras áreas como a jurídica e a de educação”, comenta Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe. Com o crescimento, a Huawei entende que se faz necessária a regulação do uso da IA.

O papel da cloud não se destaca apenas no desenvolvimento da IA. Estimativa do Gartner é que os gastos globais em serviços de nuvem pública aumentem 20,4% em 2024 e, à semelhança de 2023, a fonte de crescimento será a combinação dos aumentos de preços dos fornecedores de nuvem e do aumento da utilização.

Atilio lembra que o gerenciamento do 5G pelas operadoras é feito em cloud e, por outro lado, a tecnologia é um facilitador para a implementação de grandes projetos, como os de governo, que exigem capacidade de armazenamento, sem a necessidade de se construir um novo data center.

Entre as soluções disponíveis no mercado, a unidade de negócios Huawei Cloud oferece o Pangu, um sistema de inteligência artificial voltado aos negócios (B2B)  e que pode ser aplicado em diversos setores, como os de manufatura, mineração, varejo, governo, finanças, fintechs. “Temos um cardápio de serviços em nuvem, que engloba de armazenamento e processamento até o Pangu, nossa IA generativa que está sendo treinada para o mercado brasileiro e ficará disponível no primeiro trimestre deste ano”, informa Atilio.

Para a Huawei, essas tendências não podem ser vistas de forma isolada, mas como parte de um ecossistema, que envolve segurança e capacitação profissional. “Quanto mais dispositivos e locais de processamento, mais investimentos em segurança”, reforça o VP da Huawei. “Todas as camadas e pontos de conectividade e devices têm que se preocupar com a segurança.” Esse cenário exige permanente atenção da indústria e dos provedores. A Huawei investe anualmente entre 15% e 20% de sua receita em P&D e, desse volume, 5% são destinados a segurança.

O executivo acrescenta que, além de investir em produtos, é necessário também capacitar mão de obra para colocar no mercado empresas, integradores e fornecedores especializados em soluções de segurança ou profissionais de segurança cibernética. “O investimento precisa ser no ecossistema”, alerta.

5G / 6G

A conectividade para alavancar as tendências tecnológicas passa pela implantação do 5G. Líder no fornecimento de infraestrutura para a banda larga fixa, a Huawei detém mais de 50% no market share do 5G, considerando as grandes operadoras e os provedores regionais.

Além do ritmo acelerado de implantação do 5G, Atilio destaca o papel da tecnologia na inclusão social e digital e cita como exemplo a parceria entre a Huawei e a operadora regional do Amazonas, Veloso Net, para levar voz e dados para comunidades distantes do estado do Amazonas. A iniciativa propiciou o fornecimento de conectividade 4G para 30% da população do estado, que passou a ter acesso à tecnologia de quarta geração móvel pela primeira vez.

O programa também inclui ações de capacitação para integrantes de comunidades locais, com foco no uso da ciência e da tecnologia como forma de prevenir incêndios e proteger a flora e a fauna locais. Entre 2024 e 2026, a Huawei atuará, ao lado da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), para implementar um projeto de proteção ambiental na área ao redor da foz do Rio Amazonas, no Pará.

Para além do 5G, o executivo comenta a decisão do governo brasileiro de rever o uso dos 6GHz, com a destinação de 500MHz para o uso de serviços não licenciados e de 700MHz destinada as redes móveis celulares. “A decisão da Anatel de revisar sua posição na alocação dos 6GHz traz benefícios para a evolução das próximas gerações da banda larga móvel no 5.5G e no 6G. Sem isso, a região da América Latina teria grandes dificuldades de implementar o 6G no futuro”, afirma.

Além de permitir que o país fique alinhado com a maioria das nações para a expansão da conectividade móvel com qualidade e velocidade, a banda larga móvel teve papel relevante na inclusão digital no Brasil.

 

 

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