PORTAL DE TELECOM, INTERNET E TIC

Tecnologia

Tendências tecnológicas para 2018: redes IP, IoT, blockchain, IA, segurança

Para Lucas Pinz, diretor de tecnologia da Logicalis, essas são as principais tendências tecnológicas que vão marcar o ano.

shutterstock_ agsandrew_internet_conexao_redeOs líderes e profissionais envolvidos na transformação digital do negócio de suas empresas devem estar atentos às principais tendências tecnológicas que vão marcar os movimentos deste ano. Na avaliação de Lucas Pinz, diretor de tecnologia da Logicalis, empresa de integração e desenvolvimento de sistemas, devem ganhar relevância na agenda redes IP, IoT, blockchain, segurança e inteligência artificial aplicada.

Ele lembra que, embora exista, de fato, um cenário político e econômico de incertezas, as empresas têm investido em novas tecnologias como forma de criar diferenciação, aumentar competitividade, reduzir custos e fidelizar e atrair clientes. Prova disso é que, globalmente, os investimentos em TI devem crescer acima de 4% em 2018, sendo que boa parte desse investimento será direcionado à digitalização dos negócios.

E para o sucesso dos negócios, destaca Pinz, as redes IP nunca foram tão críticas. “As redes que suportarão a digitalização das empresas serão intuitivas – aprendendo, adaptando, automatizando e protegendo constantemente –, para que possam também defender-se contra um cenário de ameaças cada vez mais complexas. A combinação de machine learning, serviços cognitivos, software defined infrastructure (SDI) e virtualização cria um cenário perfeito para a implementação de redes que antecipem ações e interrompam ameaças de segurança, ao mesmo tempo em que evoluem e aprendem. Em 2018, veremos as primeiras implementações de redes baseadas na intenção”, afirma.

Quanto à Iot, o diretor de tecnologia da Logicalis está convencido de em que 2018 haverá popularização das redes de conectividade para sensores (redes LPWA em frequência licenciada, como LTE CAT M1, e não licenciada, como LoRa, SigFox), o surgimento e o amadurecimento de inúmeras startups com soluções inovadoras para IoT (do agronegócio ao varejo) e será o início da implementação do plano nacional de IoT no Brasil.

Pinz diz que o blockchain tem despontado como uma tecnologia capaz de prover uma infraestrutura segura para a próxima geração de sistemas IoT, uma vez que dispõe da capacidade de rastrear bilhões de dispositivos e promover o processo de transações e a coordenação deles. “A sua abordagem descentralizada pode ajudar a eliminar pontos únicos de falhas, fazendo com que os dados e as transações sejam mais seguras. Uma das aplicações do blockchain, os contratos inteligentes (Smart Contracts), por exemplo, constituem uma funcionalidade que pode operar com internet das coisas e controlar transações de objetos no mundo físico, potencializando a criação de uma nova economia descentralizada e compartilhada”, afirma, observando que, ao longo do ano, acontecerá o amadurecimento da convergência entre Blockchain e IoT e o surgimento dos primeiros serviços baseados nessa tendência.

No que diz respeito à segurança, ele observa que os departamentos de TI e de cibersecurança enfrentarão novos desafios e ameaças. Embora em queda, o custo médio global de uma violação de dados está em torno de US$ 3,6 milhões e o tamanho das brechas de segurança cresce anualmente a uma taxa de 2%, relata o diretor de tecnologia da logicalis, “À medida que a inteligência artificial e o machine learning amadurecem e passam a afetar diversas indústrias, também desempenham um relevante papel na segurança cibernética. A preocupação de segurança em IoT se mantém, embora novas tecnologias de proteção das redes de TI e TA (tecnologia de automação), autenticação e criptografia de sensores/devices se tornarão mais acessíveis e validadas. Mesmo assim, ouviremos falar com mais frequência sobre ataques de IoT botnets e IoT-based ransomware”, avalia.

Por que machine learning, computação cognitiva e, de forma mais ampla, a inteligência artificial estão em alta? Porque, diz Pinz, o potencial dessas tecnologias nos parece quase ilimitado. Se combinadas à IoT, veremos com rapidez a ficção científica dos filmes transformada em realidade, prevê.

“À medida que a inteligência artificial evolui, surgem novas aplicações avançadas: deep learning, probabilistic programming, automated machine learning, digital twin, entre outras. Mas o que veremos em 2018 serão aplicações bem “pé no chão” da tecnologia, como data-driven machines, chatbots e sistemas de linguagem natural aplicados ao dia a dia das empresas com maior intensidade”, diz.

TEMAS RELACIONADOS

ARTIGOS SUGERIDOS