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V.tal recebe injeção de capital para manter plano de negócios

V.tal vai receber R$ 607,5 milhões como primeira parcela de injeção de capital do BTG e da Globenet. Total pode chegar a R$ 1,5 bilhão, a critério das empresas.
V.tal recebe injeção de capital para manter plano de negócios
Crédito: Freepik

A V.tal recebeu uma injeção de capital de R$ 607,5 milhões. O dinheiro virá da Globenet, operadora de atacado do banco BTG Pactual. A medida vai manter os investimentos em fibra, uma vez que o Grupo Oi está com caixa baixo enquanto aguarda as aprovações regulatórias e concorrenciais da venda de importantes ativos para restabelecer as reservas.

Um desses ativos é a própria V.tal. A Oi vendeu à Globenet, a fundos do banco BTG e ao fundo soberano de Singapura GIC o controle da empresa de rede neutra por R$ 12,9 bilhões. O negócio ainda não foi selado, pois aguarda a liberação da Anatel – onde é analisado pelo conselheiro Vicente de Aquino.

Ainda assim, o contrato firmado em 1º de outubro de 2021 prevê a antecipação de parcela do pagamento para “assegurar a continuidade da execução do plano de negócios da V.Tal”. A cláusula foi acionada, conferindo direito à V.tal de receber até R$ 1,5 bilhão.

“O Investidor realizará um desembolso inicial, em favor da V.Tal, no montante de de R$607.535.146,00 e mediante solicitação da V.Tal, o Investidor poderá realizar, a seu exclusivo critério, novos desembolsos adicionais em favor da V.Tal, os quais, somados ao Desembolso Inicial, deverão respeitar o Montante Máximo” de R$ 1,5 bilhão, explicou a diretoria da empresa ao conselho de administração em reunião realizada no dia 21 de janeiro, conforme ata da reunião publicada ontem na CVM.

O valor antecipado pelo BTG será revertido, após concluída a venda, em ações ordinárias repassadas ao banco e à Globenet. Se por algum motivo a venda não for concluída, a operação será tratada como empréstimo e o montante, revertido em dívida financeira da V.tal.

Ontem, a Anatel aprovou a venda da Oi Móvel, outro valioso ativo para o grupo. A transação aprovação resultará no pagamento à Oi de R$ 16,5 bilhões por parte das compradoras Claro, TIM e Vivo. O Cade ainde precisa se pronunciar sobre este negócio, que representará a saída da Oi em definitivo no mercado celular. A reunião do xerife concorrencial brasileiro para decidir o tema acontece em 9 de fevereiro.

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