PORTAL DE TELECOM, INTERNET E TIC

Mercado

Intelsat entra com pedido de recuperação judicial nos EUA

Operadora de satélites diz que precisa de liquidez para financiar a limpeza da Banda C que será entregue às operadoras móveis nos EUA. E espera receber, ao final do processo, US$ 4,87 bilhões. Operações, afirma, seguem em funcionamento normal.
(Foto: Divulgação / PABLO PIRON)

A operadora de satélites Intelsat entrou com pedido de recuperação judicial (Chapter 11) nos Estados Unidos. Com a medida, a empresa espera liberar recursos a serem usados para a limpeza de espectro que será entregue para operadoras móveis implantarem redes 5G nos próximos cinco anos.

Em comunicado, a empresa explica que a Federal Communications Commission (FCC) determinou a limpeza de faixa antes de qualquer pagamento indenizatório. Assim, diz a Intelsat, foi preciso iniciar uma reestruturação financeira para liberar US$ 1 bilhão em recursos necessários para promover a limpeza. Uma vez entregues as frequências, a operadora espera conseguir ressarcimento de US$ 4,87 bilhões.

Operação normal

A empresa diz que a recuperação judicial inclui a Intelsat S.A. e algumas subsidiárias. Mas deixa de fora a Intelsat General (IGC), que presta o serviço comercial nos Estados Unidos, para o governo e forças militares. Na lista de subsidiária também não aparece a unidade brasileira.

A Intelsat afirma que a rotina diária segue inalterada. Sendo mantidas em funcionamento normal todas as operações, o relacionamento com clientes, parceiros, aportes de capital. A companhia afirma que manterá o cronograma de lançamento de satélites e investimentos em redes terrestres. Não haverá, diz, demissões.

Um empréstimo de US$ 1 bilhão já foi assegurado pelo grupo para iniciar a reestruturação. Mas a operadora precisa que a corte que acompanha a recuperação judicial aprove tal financiamento. Com o aval, a Intelsat diz que esse dinheiro novo, juntamente com o fluxo de caixa habitual, resultarão em liquidez suficiente para manter os negócios sem mudanças, limpar a banda C para a FCC e ainda continuar a investir em inovações e serviços.

TEMAS RELACIONADOS

ARTIGOS SUGERIDOS