Claro apresenta plano de investimentos ao grupo de transição de comunicação

O vice-presidente de relações institucionais da Claro, Fábio Augusto Andrade, esteve hoje, 23, reunido com o grupo de transição de Comunicações
Fabio Augusto Andrade, vp da claro reúne-se com grupo de transição de comunicações
Legenda: Paulo Bernardo, Fábio Andrade, Jorge Bittar e Cezar Alvarez.

O vice-presidente de relações institucionais da Claro, Fábio Augusto Andrade, esteve hoje, 23, reunido com o grupo de transição de Comunicações para apresentar o plano de investimento do grupo. E a expansão do 5G também não poderia deixar de estar na pauta.

Participaram do encontro, pelo grupo de transição, o ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo; o ex-presidente da  Telebras e ex-deputado, Jorge Bittar; e o ex-secretário executivo do McoM, Cezar Alvarez. Alvarez, pela Fundação Perseu Abramo, do PT, participou também da elaboração de um dos estudos elaborados pelo PT sobre o setor de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), do qual foram extraídos os 13 compromissos do partido para o setor.

Na cartilha oficial do partido, que traz as “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil”, com as linhas-mestra para todas as áreas do governo, a neutralidade da rede, a universalização do acesso à internet e a coibição da propagação de fake news são explicitadas. Diz assim o documento:

” É preciso, ainda, fortalecer a legislação, dando mais instrumentos ao Sistema de Justiça para atuação junto às plataformas digitais no sentido de garantir a neutralidade da rede, a pluralidade, a proteção de dados e coibir a propagação de mentiras e mensagens antidemocráticas ou de ódio. Paralelamente, é dever do Estado universalizar o acesso à internet de qualidade, garantindo a democratização de seu uso por toda a população, especialmente na rede pública de educação básica”.

Conforme o site Teletime, as 13 medidas setoriais anunciadas são:

  • 1 – Criação de um Sistema Nacional de Inclusão Digital, utilizando rede privada e pública
    de telecomunicações para todos os municípios brasileiros.
  • 2 – Criação de um sistema nacional, formado por União, estados e municípios para capacitação e letramento digital de professores, alunos e pessoas de comunidade periféricas das cidades, quilombolas, indígenas, trabalhadores rurais, dentre outros.
  • 3 – Criação de programa focado na formação de profissionais nas áreas de programação e ciência de dados em todos os níveis de escolaridade para geração de emprego e renda, com a inserção no mundo do trabalho digital de pessoas de baixa renda ou desempregadas, através de bolsas de estudo.
  • 4 – Implementação de um programa com vistas a garantir o primeiro emprego para todos os alunos formados em cursos técnicos, tecnológicos e superiores em tecnologias digitais realizados em parceria com empresas.
  • 5 – Ampliar e melhorar os serviços públicos de governo digital, com criação de plataformas acessíveis para pessoas com deficiência, especialmente os de educação, saúde e segurança pública, possibilitando a participação da elaboração Orçamentária Anual (Orçamento Participativo).
  • 6 – Fomentar o desenvolvimento da indústria e dos serviços digitais, bem como o empreendedorismo em áreas estratégicas e sociais, para a geração de empregos de qualidade e aumento da produtividade e competitividade das empresas nacionais, desenvolvendo empresas locais de hardware, software e serviços voltados a demandas estratégicas e nichos de mercado, indo de semicondutores a lojas de aplicativos, em parceria com universidades e parques tecnológicos.
  • 7 – Fortalecer programa para estimular cidades inteligentes, onde a infraestrutura e os serviços públicos funcionem como forma de inclusão social, por meio de tecnologias digitais e através do acesso livre a aplicativos para inclusão digital.
  • 8 – Usar o poder de compra do Estado para alavancar a indústria nacional de hardware e software, como forma de gerar trabalho e renda e oportunidades para as empresas nacionais.
  • 9 – Fortalecer as empresas públicas de transmissão e processamento de dados para enfrentar os desafios do novo mundo digital e resgatar o papel estratégico da Telebras na política pública de inclusão digital.
  • 10 – Estabelecer programa de estímulo à inovação com base em plataformas livres e tecnologias abertas pelos entes da federação, empreendedores individuais, micro, pequenas e médias empresas.
  • 11 – Garantir a proteção de dados dos cidadãos, empresas e governos, fazendo com que eles estejam protegidos estrategicamente em território brasileiro.
  • 12 – Promover o investimento em redes de telecomunicações para tornarem-se mais estáveis e de alta disponibilidade, por meio de ações de defesa cibernética.
  • 13 – Uso ético e transparente de Inteligência Artificial.

Hoje, o nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para integrar a direção da Anatel, com mandato de cinco anos, foi aprovado pelo Senado Federal e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e coordenador do grupo de transição, disse não haver problema com essa indicação.  O governo Lula terá a oportunidade de indicar três novos integrantes para a agência reguladora de telecomunicações ao longo de seu mandato.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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