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Cade aprova união entre Telefônica e Ânima por cursos de capacitação

Operação prevê a criação de uma Joint venture, com participação acionária paritária, sem riscos à concorrência
Crédito: Freepik
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A criação de uma Joint venture entre a Telefônica e a Ânima para desenvolvimento de negócios voltados à exploração de cursos livres de capacitação profissional de curta duração (30h a 60h) a distância (plataformas web e/ou mobile), foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sem restrições. Segundo o órgão antitruste, a operação não possui teor restritivo à concorrência, entretanto, apresenta um dispositivo que regula o relacionamento entre os sócios da joint venture, de forma a preservar o investimento conjunto e os negócios.

A Joint Venture ofertará seus cursos em todo o território nacional e o conteúdo será preponderantemente ofertado de modo assíncrono (aulas sem a necessidade de que alunos e professores estejam conectados ao mesmo tempo para que as tarefas sejam concluídas e o aprendizado seja adequado), com módulos de sincronicidade (aulas e atividades ao vivo). Dentre as modalidades de cursos, as empresas preveem a oferta de conteúdo gratuito; cursos pagos; serviços especiais mediante cobrança spot (pagamento único), como a emissão de certificados, serviços de mentoria, dentre outros. Não fará parte do objeto social da joint venture a atuação como uma instituição de ensino superior.

Para o Grupo Telefônica, a operação é uma oportunidade de diversificação dos investimentos do grupo, com o ingresso no mercado de educação a distância, além de estar alinhada com sua estratégia de oferecer mais serviços digitais e se tornar um “hub de serviços digitais”. Por sua vez, o Grupo Ânima poderá ampliar seu portfólio de cursos a distância, passando a ofertar, por meio da joint venture, cursos livres voltados à capacitação profissional, contando com um parceiro que possui capacidade de distribuição em escala.

As empresas informam que a sociedade que se tornará a joint venture é uma subsidiária integral não operacional da Telefônica que, após a aprovação pelo Cade, será alvo de investimentos das empresas resultando em participação paritária. A Ânima deterá 50% de participação e a Telefônica 50% de participação do capital social e votante.

 

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