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Balanço

Grupo Telefónica revisa metas para cima com alta de 44,5% no lucro no 2º trimestre

Levando em conta todas as operações da companhia, Vivo liderou o incremento nas receitas no período; CEO diz que resultados deixam a multinacional mais otimista para o segundo semestre
Telefónica tem alta de 44,5% no lucro no 2º trimestre de 2023
Resultados do 2º trimestre fazem Telefónica melhorar projeções para o ano

Dono da Vivo, o Grupo Telefónica divulgou, nesta quinta-feira, 27, os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano. A companhia obteve lucro líquido de 462 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,4 bilhões), alta de 44,5% sobre o mesmo período do ano anterior, quando auferiu lucro de 320 milhões de euros (R$ 1,66 bilhão).

No geral, a receita somou 10,13 bilhões de euros (R$ 52,77 bilhões), número que aponta ligeira alta anual (0,9%) e confirma o quinto trimestre consecutivo de expansão.

Em termos percentuais, a Vivo foi o grande destaque do período, com a receita avançando 7,6% entre abril e junho. Inclusive, a subsidiária brasileira respondeu por 20% do faturamento total do grupo, ficando atrás somente dos negócios na Espanha (27%), onde a receita ficou praticamente estável (0,3%).

“No Brasil, focamos no crescimento, na menor intensidade de capital e na oportunidade do ecossistema B2C”, afirmou o CEO do Grupo Telefónica, José María Álvarez-Pallete, em conferência sobre os resultados do segundo trimestre.

Ainda sobre a operação no Brasil, o informe financeiro destacou que a Vivo continua com a política de reajuste de preços e que o churn (taxa de rotatividade de clientes) manteve tendência de queda no trimestre – a operadora brasileira apontou que o indicador atingiu o menor nível histórico no período.

Nos outros territórios em que mantém operações, a receita da Telefónica avançou 4,4% na Alemanha e caiu 0,4% na América Latina (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México). No Reino Unido, por meio da Virgin Media O2 (VMO2), empresa na qual detém 50% de participação, a alta nas vendas foi de 3,3%.

O resultado operacional antes de depreciação e amortização totalizou 3,14 bilhões de euros (R$ 16,36 bilhões), estável (-0,1%) na comparação anual. A margem, por sua vez, caiu 0,3 ponto percentual, para 31%.

O capex, incluindo espectro, somou 1,35 bilhão de euros (R$ 7 bilhões), queda anual de 7,5%. Ao fim de junho, a dívida financeira líquida ficou em 27,48 bilhões de euros (R$ 143,16 bilhões), tendo aumentado cerca de 1 bilhão de euros (R$ 5,21 bilhões) no segundo trimestre.

Revisão para cima

Os resultados fizeram o Grupo Telefónica revisar para cima as metas financeiras para este ano. Com isso, a companhia estima que, no consolidado de 2023, a receita avance 4%. O projeção para o resultado operacional antes de depreciação e amortização passou de um dígito baixo para em torno de 3%.

Segundo Álvarez-Pallete, a companhia tem executado de forma consistente a estratégia de crescimento sustentável, o que aumenta a confiança nos negócios para o segundo semestre. “Também estamos aproveitando ativamente as novas oportunidades que surgem, como regulamentação, iniciativas da indústria – Open Gateway – e inteligência artificial, bem como a diferenciação do cliente”, afirmou o presidente da Telefónica, em trecho do balanço financeiro.

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