Telefónica diz que vai “monetizar” torres próprias

A companhia dispõe de 50 mil sites próprios mundo afora e que não fazem parte do portfólio da Telxius, sua subsidiária de infraestrutura

O grupo espanhol Telefónica, dono da Vivo no Brasil, avisou ontem, 10, que pretende “monetizar” seu parque de torres próprias. No material, não fica evidente se a estratégia da companhia é vender a infraestrutura, alugar, passar as torres para a subsidiária Telxius, ou todas essas alternativas. O grupo afirma nos próximos 12 meses pretende realizar uma grande operação com ativos de infraestrutura passiva, que estará sujeita à aprovação de reguladores.

A companhia dispõe de 50 mil sites próprios mundo afora e que não fazem parte do portfólio da Telxius, sua subsidiária de infraestrutura. Essas torres têm potencial, se alugadas ou compartilhadas, de gerar receitas anuais de € 830 milhões e acrescentar € 360 milhões ao OIBDA (lucro operacional antes de impostos e depreciações), exigindo investimento anuais de apenas € 25 milhões.

“A Telefónica continua a expandir seu portfólio [de sites] e pretende implantar novas torres pelos próximos anos em diferentes mercados, além de continuar ampliando sua rede de small cells para apoiar essa estratégia”, diz o grupo, em comunicado.

Apesar disso, companhia diz que a Telxius vai muito bem, obrigado. A empresa, criada em 2016, administra 18 mil torres do grupo e 87 mil km de redes ópticas de transporte. Tem uma receita de € 792 milhões ao ano, que cresce continuamente, com OIBDA de € 370 milhões. Ou seja, em linha com o potencial das torres próprias das operadoras do grupo.

A Telefónica afirma que pretende ampliar parcerias de compartilhamento de infraestrutura móvel, além de “capitalizar sobre o interesse pela nossa infraestrutura de entes públicos e privados”. O objetivo final é gerar valor para o acionista.

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Rafael Bucco

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