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Balanço

Telefônica Brasil tem lucro de R$ 1,29 bilhão no 4º tri

Vendas de planos de banda larga fixa em fibra óptica e IPTV já representam 88% das receitas da companhia. Receita de FTTH cresceu 52,9% na comparação ano a ano, atingindo R$ 896 milhões no trimestre.

A Telefônica Brasil divulgou na noite desta terça-feira, 23, os resultados do quarto trimestre de 2020. A empresa registrou lucro líquido de R$ 1,29 bilhão, alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2019, mas foi beneficiada por menor despesa com impostos.

As receitas da operadoras caíram 1,6% ano a ano, para R$ 11,19 bilhões. No móvel houve crescimento de 1,6% das vendas, que somaram R$ 7,56 bilhões. No fixo houve declínio de 7,7%, para R$ 3,63 bilhões.

O EBITDA caiu 1,8%, a R$ 4,87 bilhões. E o Capex aumentou 3,1%, a R$ 2,42 bilhões. O montante investido foi principalmente destinado à expansão das rede de fibra (FTTH) e IPTV (TV paga transmitida pela rede de fibra) e ao reforço de capacidade e expansão da rede nas tecnologias 4G e 4,5G “de forma a suportar a crescente demanda por dados e garantir a excelência na prestação de serviços”, diz a companhia.

No trimestre, a Vivo registrou expansão nos acessos móveis da ordem de 5,3%, e terminou 2020 com 78,53 milhões de clientes. Nos acessos fixos, enfrentou retração de 13,3% nos contratos, e fechou com 16,51 milhões de usuários.

A empresa ressalta, no entanto, que depende cada vez menos das receitas oriundas da concessão fixa – voz fixa e xDSL, – e da TV por satélite – DTH. Estas vendas representaram no trimestre final de 2020 apenas 12,2% do total das receitas do grupo.

Móvel

A tele tinha ao final de 2020 44,87 milhões de clientes de celular pós-pago, uma alta de 3,9%. No pré, cresceu 7,2%, para 33,66 milhões de acessos. Os dados indicam perda de market share no pós, e ganho no pré-pago. A receita média por usuário móvel foi de R$ 29,1. E o churn no pós, que já era baixo, reduziu ainda mais. Diz a Telefônica que isso se deve à atratividade das ofertas, que trazem serviços digitais dos parceiros Telecine, Spotify, Netflix e Disney+.

Fixo

No segmento fixo, a Vivo continuou a crescer no mercado de banda larga fixa baseada na tecnologia FTTH (fibra óptica até a residência). Cresceu 36,3% na comparação ano a ano, atingindo 3,37 milhões de clientes. A expansão não foi suficiente para compensar os desligamentos no xDSL, em que ainda tem 2,89 milhões de usuários, no entanto.

Na TV paga também encolheu, assim como em voz fixa. A receita média por usuário cresceu na banda larga e na TV paga, mas manteve a tendência de queda na voz fixa.

Receita de FTTH cresceu 52,9% na comparação ano a ano, atingindo R$ 896 milhões. Receita de IPTV cresceu 28,3%, para R$ 313 milhões.

O endividamento bruto “ex-IFRS 16” da companhia encolheu quase pela metade. Passou de R$ 5 bilhões no final de 2019 para R$ 2,76 bilhões no final de 2020. Segundo a empresa, devido à liquidação de empréstimos e financiamentos.

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