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Telefônica aponta ao Cade três riscos na fusão Claro e Nextel

Entre eles, a Telefônica aponta que a Claro passará a ter uma quantidade mais incrementada de espectro, criando distorções sobre a dinâmica competitiva do mercado de telefonia móvel de SP e RJ.

O grupo Telefônica, que foi aceito pelo Cade (órgão anti-truste) também como parte interessada no processo de compra da Nextel pela Claro acha que a aquisição deve ser analisada com cautela, e sugere que a Anatel seja também consultada.

Para o grupo espanhol, três são os riscos potencias que devem ser analisados em detalhes pela agência da concorrência, para dar a palavra final sobre a operação.

O primeiro deles, aponta a operadora, refere-se a um incremento bem significativo da Claro no market share de telefonia celular nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro (ver quadro)

O segundo risco, elenca a Telefônica, refere-se à infraestrutura de torres. A operadora recomenda ao Cade ampliar a investigação e consultar as empresas que detêm atualmente essas torres, conhecidas como towercos. Para a Telefônica, a Claro passará a possuir “uma quantidade elevada dessa infraestrutura no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a capacidade de absorção de demanda pelas towercos pode não ser uniforme em todos os estados e municípios do país” o que poderia provocar desbalanceamento concorrencial.

Por fim, a Telefônica argumenta que, embora não considere haver problemas concorrenciais com a concentração de espectro, no caso dessa fusão, entende que há riscos porque as frequências da Nextel estão subutilizadas, gerando mais vantagens para a Claro. Diz a operadora

“Com a aquisição da Nextel Brasil pela Claro, esta operadora passaria, portanto, a ter uma quantidade ainda mais incrementada de espectro para ofertar serviços móveis, o que poderia criar distorções sobre a dinâmica competitiva do mercado de SMP.”

 

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